Destaque
A mais jovem doutora do Brasil desenvolveu tese na área de Química Medicinal, com perspectivas animadoras para tratamento de doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer
Fonte
PUC-Rio | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Data
quarta-feira. 21 abril 2021 07:00
Daphne Schneider Cukierman é a mais jovem doutora do Brasil. Em março, ela defendeu tese no Departamento de Química da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) aos 26 anos, seis meses e 10 dias, e foi reconhecida pela plataforma de recordes Rank Brasil. Como se não bastasse, está à frente de pesquisas de ponta voltadas ao tratamento de doenças neurodegenerativas. A defesa foi realizada por vídeo conferência, com o tema Otimização físico-química e estudos de relação estrutura-atividade de N-acilidrazonas derivadas de aldeídos: aperfeiçoamento de quelantes moderados como uma estratégia contra agregopatias exacerbadas por metais, na área da Química Medicinal.
“Desde que entrou em nosso grupo, Daphne sempre trabalhou com compostos voltados para o tratamento da neurodegeneração. Durante sua iniciação científica, atuou em projeto envolvendo um composto protegido pela PUC-Rio junto ao INPI e com patente concedida nos Estados Unidos. Agora em sua tese de doutorado, Daphne buscou aperfeiçoar este composto-líder através do estudo de novas N-acil-hidrazonas de estrutura relacionada, buscando reduzir a sua taxa de hidrólise, melhorar sua solubilidade em meio aquoso e ajustar sua afinidade de coordenação por íons metálicos relevantes no contexto da doença de Parkinson e outras sinucleinopatias”, orgulha-se seu orientador, o professor Dr. Nicolás Rey.
Como resultado, uma nova classe de promissoras hidrazonas foi descoberta e novamente protegida pela PUC-Rio junto ao INPI. Além disso, diversos artigos científicos foram publicados em importantes revistas da área. “As descobertas realizadas durante o doutorado da Daphne abrem novas perspectivas para o futuro tratamento da doença de Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa mais comum no país”, observou o professor, lembrando que o aumento da expectativa de vida da população brasileira traz consigo novos desafios relacionados ao incremento na incidência de doenças relacionadas com a idade, tais como o câncer e o Alzheimer.
“Não obstante os avanços impressionantes realizados no campo da quimioterapia do câncer nos últimos anos, as neoplasias malignas continuam sendo a segunda maior causa mundial de mortes. E o panorama é ainda mais sombrio no contexto das doenças neurodegenerativas, pois os tratamentos hoje disponíveis nunca levam à cura”, destacou o Dr. Nicolás. No Laboratório de Síntese Orgânica e Química de Coordenação aplicada a Sistemas Biológicos (LABSO-Bio), coordenado pelo pesquisador, são desenvolvidos o planejamento, síntese e avaliação de compostos bioativos da classe das N-acil-hidrazonas, cuja potencialidade para a terapia das doenças de Alzheimer e Parkinson foi demonstrada nos últimos anos pelo grupo de pesquisa.
“Além disso, trabalhamos com derivados hidrazônicos binucleantes e seus complexos de coordenação homobimetálicos, os quais apresentam potente atividade antiproliferativa, podendo ser considerados, desta forma, promissores agentes antitumorais”, concluiu o professor orientador.
Acesse a notícia completa na página da PUC-Rio.
Fonte: Renata Ratton, Assessora de Comunicação da Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos da PUC-Rio.
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