Destaque
Consórcio internacional recebe investimento de 11 milhões de euros na luta contra a resistência aos antibióticos
Um consórcio internacional interdisciplinar liderado pelo Dr. Chris Arts, pesquisador da Universidade Maastricht, nos Países Baixos, passará os próximos seis anos pesquisando novas soluções tecnológicas para o problema crescente da resistência antimicrobiana. A pesquisa se concentra na conscientização social da resistência antimicrobiana e no desenvolvimento de alternativas aos antibióticos tradicionais por meio do uso de novas tecnologias de materiais. O consórcio recebeu um investimento de € 11 milhões para o processo de pesquisa e desenvolvimento.
A resistência antimicrobiana, na qual as bactérias são cada vez mais resistentes aos antibióticos, é um problema importante em todo o mundo. Por exemplo, a resistência antimicrobiana aumenta o risco de infecções com risco de vida após uma cirurgia, com resultados de tratamento mais pobres e um aumento nos custos de saúde. “Se quase todos continuarem a subestimar este problema, em 2050, 10 milhões de pessoas em todo o mundo morrerão todos os anos devido aos efeitos da resistência antimicrobiana. E essas estimativas ainda são conservadoras. Nos últimos 20 anos, [não houve] nenhum novo antibiótico que entrou no mercado. Por isso é tão importante que comecemos a pesquisar tecnologias alternativas para reduzir o uso de antibióticos”, destacou o Dr. Chris Arts,
Materiais
O foco da pesquisa é o desenvolvimento de materiais que impeçam o crescimento bacteriano. As inovações no campo dos materiais biomédicos desempenham um papel fundamental nisso, segundo o especialista. “As bactérias são especialistas em guerra biológica. Elas lutam continuamente com outras espécies e contra as células do próprio corpo. Portanto, não é surpreendente que as bactérias se tornem resistentes aos antibióticos que usamos contra elas. No entanto, se pudermos criar seu ambiente imediato ou, por exemplo, tornar a superfície de nossos implantes livre de bactérias, podemos prevenir infecções e ao mesmo tempo não temer que estejamos contribuindo para o desenvolvimento da resistência antimicrobiana”, continuou o pesquisador.
Cooperação
Em um projeto amplo, os muitos aspectos da resistência antimicrobiana são examinados. Para entender melhor como as bactérias crescem em uma superfície, técnicas avançadas de imagem são usadas pelo Instituto M4I, com sede na Universidade Maastricht. Dentro do projeto, também há atenção explícita à implementação de novas técnicas e consciência social em torno da resistência antimicrobiana. Como parte da Agenda de Pesquisa dos Países Baixos, o Conselho de Pesquisa local está fornecendo uma doação de € 9,8 milhões para o projeto ‘DARTBAC: Desenvolvimento da Tecnologia de Resistência Antimicrobiana Holandesa e Consórcio de Avaliação de Biofilme’. Além disso, os parceiros da indústria do consórcio DARTBAC estão contribuindo com um adicional de € 1,3 milhão para o orçamento.
Acesse a notícia na página da Universidade Maastricht (em inglês).
Fonte: Universidade Maastricht.
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