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Descoberta sobre ativação de proteína pode impulsionar busca por melhores tratamentos para o câncer
Melhores tratamentos para algumas das formas mais mortais de câncer podem estar mais próximos devido a uma descoberta liderada por cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), nos Estados Unidos, sobre como uma certa proteína é ativada em células tumorais.
A descoberta, liderada por pesquisadores da Escola de Ciências Biológicas da UCI, pode eventualmente levar a possíveis terapias para o melanoma e o adenocarcinoma pancreático, bem como o tipo mais comum de câncer cerebral infantil e câncer de pele em adultos. O artigo descrevendo o projeto foi publicado na revista científica Life Science Alliance.
A descoberta diz respeito à proteína GLI1, que é importante no desenvolvimento celular, mas também foi encontrada ativada em vários tipos de câncer. GLI1 é tipicamente ativada pela via de sinalização Hedgehog, conhecida como HH. No entanto, os cientistas sabem há cerca de uma década que o crosstalk, ou interação, entre a via HH e a via da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) tem um papel nos cânceres.
“Em alguns casos, as proteínas em uma via podem ativar proteínas em outra”, disse a Dra. Jane Bardwell, autora principal do estudo e cientista do projeto no Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento da UCI. “É um sistema complexo. Queríamos entender o mecanismo molecular que leva a GLI1 a ser ativada por proteínas na via MAPK.”
A GLI1 normalmente se liga firmemente a uma proteína chamada SUFU. Essa proteína suprime a GLI1, impedindo-a de penetrar nos núcleos das células e ativar os genes. Os cientistas examinaram sete locais na proteína GLI1 que poderiam ser fosforilados, ou ter um grupo fosfato transferido para lá.
“Identificamos três que podem ser fosforilados e estão envolvidos no enfraquecimento da ligação entre GLI1 e SUFU”, disse o Dr. Lee Bardwell, professor do Departamento de Desenvolvimento e Biologia Celular da UCI cujo laboratório conduziu o projeto. “Esse processo ativa a GLI1, permitindo que ele entre no núcleo das células, onde pode causar um crescimento descontrolado, resultando em câncer”.
Ele observou que a fosforilação de todos os três locais causa um nível significativamente maior de escape de GLI1 do SUFU do que se apenas um ou mesmo dois deles recebessem grupos fosfato.
A descoberta é um passo significativo para tratamentos de câncer mais eficazes e personalizados. “Se pudermos entender exatamente o que está acontecendo em um determinado câncer ou tumor em particular, pode ser possível desenvolver uma droga específica para um tumor específico ou paciente individual. Isso nos permitiria tratar essas doenças sem a toxicidade da quimioterapia básica”, disse o Dr. Lee Bardwell. Além disso, muitos tumores do mesmo câncer apresentam mutações diferentes entre os indivíduos. Eventualmente, pode ser viável rastrear tumores para desenvolver a melhor abordagem para cada um.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade da Califórnia em Irvine (em inglês).
Fonte: UCI.
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