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Droga agonista de CD40 antes da cirurgia mostra-se promissora no tratamento do câncer de pâncreas em estágio inicial
O tratamento de pacientes com câncer de pâncreas em estágio inicial com a droga estimuladora do sistema imunológico CD40 ajudou a iniciar um ataque de células T ao resistente microambiente tumoral antes da cirurgia e de outros tratamentos, de acordo com um novo estudo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos. Mudar o microambiente de células T “pobres” para células T “ricas” com um agonista de CD40 precocemente poderia ajudar a retardar a progressão eventual da doença e prevenir que o câncer se espalhe.
Os dados – que incluíram 16 pacientes tratados com o agonista de CD40 selicrelumab – foram apresentados hoje pela Dra. Katelyn T. Byrne, professora de Medicina na divisão de Hematologia-Oncologia da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, durante um sessão plenária na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (American Association for Cancer Research, Abstract # CT005).
“Muitos pacientes com doença em estágio inicial são submetidos a cirurgia e quimioterapia adjuvante. Mas muitas vezes não é o suficiente para retardar ou parar o câncer . Nossos dados apoiam a ideia de que você pode fazer intervenções antecipadas para ativar uma resposta imune direcionada no local do tumor – o que era inédito há cinco anos para o câncer de pâncreas – mesmo antes de retirá-lo”, disse a Dra, ”, disse a Dra. Katelyn.
O objetivo dos agonistas de CD40 é ajudar a melhorar o sistema imunológico, ativando as células apresentadoras de antígenos, como as células dendríticas, para “preparar” as células T e aumentar a ação do sistema imunológico no local do tumor. As terapias têm sido investigadas principalmente em pacientes com câncer pancreático metastático em combinação com outras terapias, como quimioterapia ou outras imunoterapias. Esta é a primeira vez que a droga mostrou impulsionar uma resposta imunológica em pacientes em estágio inicial, tanto no local do tumor quanto sistemicamente – o que reflete o que os pesquisadores descobriram em seus estudos em camundongos.
O ensaio clínico de fase 1b foi conduzido em dezesseis pacientes, que foram tratados com selicrelumab antes da cirurgia. Desses pacientes, 15 foram submetidos à cirurgia e receberam quimioterapia adjuvante e um agonista de CD40. Os dados coletados dos tumores e respostas desses pacientes foram comparados aos dados dos controles (pacientes que não receberam o agonista de CD40 antes da cirurgia).
A imagem multiplex das respostas imunes revelou grandes diferenças entre os dois grupos: 82% dos tumores em pacientes que receberam o agonista de CD40 antes da cirurgia eram enriquecidos com células T, em comparação com 37% dos tumores não tratados e 23% dos tumores tratados com quimioterapia ou quimioterapia. Os tumores tratados com selicrelumab também tinham menos fibrose associada ao tumor (feixes de tecido que impedem as células T e as terapias tradicionais de penetrar nos tumores), e as células apresentadoras de antígenos conhecidas como células dendríticas eram mais maduras.
No grupo de tratamento, a sobrevida livre de doença foi de 13,8 meses e a sobrevida global mediana foi de 23,4 meses, com oito pacientes vivos em uma mediana de 20 meses após a cirurgia.
“Este é um primeiro passo na construção de uma espinha dorsal para intervenções de imunoterapia no câncer de pâncreas”, disse a Dra. Katelyn Byrne.
Com base nessas descobertas, os pesquisadores agora estão investigando como outras terapias combinadas com o CD40 podem ajudar a fortalecer a resposta imunológica ainda mais em pacientes com câncer de pâncreas antes da cirurgia.
Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia.
Fonte: Steve Graff, Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia.
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