Destaque

Estudantes realizam pesquisa na área de biologia sintética para o combate da leishmaniose

Fonte

UNILA | Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Data

sexta-feira. 2 abril 2021 07:00

Uma equipe latino-americana formada por nove estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e por uma estudante da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – o SynFronteras – entrou no campo de pesquisa sobre biologia sintética para, entre outros objetivos, contribuir  para o combate à doença leishmaniose visceral.

A iniciativa partiu de discentes da UNILA, que criaram a equipe para atuar nos eixos de pesquisa e de conscientização da população acerca da temática. O SynFronteras – que conta com integrantes do Brasil, Paraguai, Peru, Argentina e Equador – foi criado tendo como meta participar da competição iGEM (International Genetically Engineered Machine), realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O evento, que este ano deve acontecer de forma virtual no segundo semestre de 2021, é o mais importante na área de biologia sintética e reúne times de universidades de todo o mundo, para apresentarem projetos que buscam novas soluções para questões importantes da sociedade. “Uma das formas de estudar a biologia sintética é se preparar para o iGEM. Fica mais fácil quando você tem um objetivo mais claro sobre o que você quer fazer”, apontou Maria Barmaimon, estudante de Biotecnologia e atualmente responsável por arrecadar fundos para o projeto. Atualmente, o grupo busca patrocínio para conseguir inscrever-se no evento internacional.

Com base em pesquisas, o projeto da equipe tem sido construído há um ano. Denominada BioPank, a iniciativa traz uma referência afetiva a uma cadela adotada por membros do SynFronteras. “Havia pouco tempo, minha cachorrinha Paçoca (Pank) tinha morrido em decorrência de complicações da leishmaniose, e eu propus aos demais que procurássemos alguma solução para a doença. Após um período de intensas pesquisas, encontramos a técnica de paratransgênese e vimos que outro time brasileiro (da USP) já havia participado da competição (iGEM) utilizando essa técnica, porém para o combate à malária”, contou Giulio Braatz, estudante de Biotecnologia da UNILA e coordenador do Syn Fronteras.

Ele explica que a “paratransgênese é uma técnica de controle biológico que consiste em selecionar uma bactéria do intestino do vetor de uma doença (como o mosquito-palha, no caso da leishmaniose) e, em seguida, modificá-la geneticamente para que expresse uma molécula antiparasitária, com a finalidade de impedir que o parasita se desenvolva dentro do vetor”, esclareceu o estudante. E a biologia sintética é um campo da ciência que consiste em redesenhar organismos para que eles adquiram novas funções. Nesse sentido, o BioPank baseia-se na criação de um organismo sintético que inviabilizaria a sobrevivência da Leishmania dentro do inseto transmissor, impedindo, assim, a transmissão da doença.

Além do uso da biologia sintética para controle biológico, os estudantes destacam as múltiplas possibilidades de aplicação dessa ciência de fronteira na resolução de problemáticas em áreas diversas do conhecimento. “A biologia sintética também levanta questionamentos do modelo atual de produção, do modelo de relação entre o humano e a natureza”, apontou Samuel Chagas, também estudante de Biotecnologia e integrante do SynFronteras. Ele cita como exemplo a possibilidade de, por meio da biologia sintética, produzir diferentes tipos de fibras naturais, degradar um agrotóxico ou mesmo produzir alimento ou energia a partir de organismos geneticamente modificados.

Acesse a notícia completa na página da UNILA.

Fonte: UNILA.

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