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Estudo aborda uso de plantas medicinais contra a tuberculose

Fonte

Fiocruz | Fundação Oswaldo Cruz

Data

quinta-feira. 16 fevereiro 2023 07:20

A construção de um grande acervo de pesquisa na língua Guarani, a análise fitoquímica de plantas medicinais e a instalação de um Jardim terapêutico e diferentes produtos educativos junto ao povo Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul serão viabilizados por meio de um estudo coordenado pelos pesquisadores Dra. Islândia Carvalho, da Fiocruz Pernambuco, e Dr. Paulo Basta, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

Estudiosos indígenas e pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, da Ensp/Fiocruz e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) integram o projeto, que vai ampliar o conhecimento sobre os efeitos das plantas medicinais utilizadas para o tratamento da tuberculose pela etnia Guarani e Kaiowá. “A situação do povo Guarani e Kaiowá no cone Sul é o retrato do que acontecendo com os povos indígenas no Brasil; a tuberculose é um desafio porque a fome e a desnutrição também estão presentes. A perspectiva neste projeto é que possamos construir espaços na aldeia que possibilitem novas estratégias de subsistência, visto que iniciaremos troca de saberes com eles e especialistas na agroecologia”, explicou a coordenadora.

No Departamento de Imunologia da Fiocruz Pernambuco os extratos utilizados em terapias auxiliares ou no tratamento da tuberculose pulmonar terão o potencial farmacológico testado, sob a coordenação da pesquisadora Dra. Lilian Montenegro. Serão também aprofundados, pelos pesquisadores da UFPE Dr. Rene Duarte e Dr. Rafael Ximenes, os estudos fitoquímicos e etnofarmacológicos iniciados no projeto anterior a este, igualmente aprovado no edital Inova Saúde Indígena, que resultou na criação do Acervo Pohã Ñana.

Essa base de conhecimento dará subsídios para a implantação de um Jardim Terapêutico na Aldeia Amambai, localizada em Mato Grosso do Sul, tanto para fins de estudos como para uso das ervas pelos indígenas. A ação será coordenada pelo Grupo de Jovens Indígenas Guarani e Kaiowá (JIGA), pesquisadores deste projeto, que irão também complementar as informações sobre plantas medicinais, alimentícias e condimentares disponíveis para cultivo na aldeia.

A pesquisa parte do conceito de intermedicalidade, por meio do qual as intervenções em saúde levam em conta crenças culturais e práticas terapêuticas dos povos originários, respeitando tradições e costumes ao adotar tratamentos biomédicos nas comunidades indígenas. Com essa perspectiva, é esperado obter o uso seguro desses fitoterápicos em associação com os medicamentos alopáticos.

Acesse a notícia completa na página da Fiocruz.

Fonte: Fiocruz Pernambuco e Portal Fiocruz.

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