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Estudo investigou o mecanismo de ação de fármacos antimaláricos derivados da artemisinina
A partir da necessidade de produzir novos medicamentos para o tratamento da malária, uma das doenças mais disseminadas e com elevada mortalidade do planeta, um novo estudo buscou desenvolver fármacos mais eficientes que os antimaláricos já disponíveis na prática clínica.
Realizada em parceria com um grupo da Friedrich-Alexander-Universität Erlangen Nürnberg na Alemanha, a pesquisa teve como um dos coordenadores o Dr. Diogo Moreira, pesquisador da Fiocruz Bahia, e a participação de Adrielle Sacramento e da Dra. Mariana Borges, pesquisadoras do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI). O artigo foi capa da revista científica Chemical Science.
No estudo, foram desenvolvidos fármacos fluorescentes derivados da artemisinina, uma das substâncias de referência no tratamento da malária. Isso porque, apesar de já haver cura, existem parasitos resistentes a todos os antimaláricos que estão disponíveis para o tratamento. Como a terapia combinada com a artemisinina é a principal linha de frente de tratamento e já foram identificados parasitos resistentes à artemisinina no Sudeste Asiático e na África, é importante entender a doença e o parasito para produzir fármacos de espectro de ação mais amplo, efetivos em cepas resistentes.
O grupo na Alemanha realizou a parte química, desenvolvendo uma molécula sob medida, onde a artemisinina foi ligada à cumarina por uma metodologia química, resultando em uma molécula fluorescente. Essa característica possibilitou o mapeamento, através de técnicas como microscopia e citometria, do parasito logo após o tratamento. Já na Fiocruz Bahia, foi feita toda a parte farmacológica do estudo, através do teste das moléculas inéditas tanto in vitro quanto in vivo, tentando entender como se dava o funcionamento na biologia parasitária. Os resultados do trabalho demonstraram que esses fármacos fluorescentes têm potência e eficácia como antimaláricos, se acumulando em organelas especificas do Plasmódio.
Os desdobramentos destes achados são importantes para entender como as artemisininas atuam, assim como na racionalização e aprimoramento da terapia atual.
Este estudo teve continuidade com a pesquisadora Adrielle Sacramento, que recebeu um suporte financeiro da Fundação Maria Emília para realizar estudos de campo de susceptibilidade dos parasitos resistentes.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Fiocruz Bahia.
Fonte: Fiocruz Bahia.
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