Destaque

Grupo da UFMG cria teste para a COVID-19 que usa amostras de urina

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

sexta-feira. 21 maio 2021 07:25

Tecnologia inédita para o diagnóstico da COVID-19 acaba de ser patenteada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): um teste de detecção de anticorpos específicos em amostras de urina de pacientes, que podem ser coletadas em qualquer período do dia. Baseado no método Elisa – sigla, em inglês, para ensaio de imunoabsorção por ligação enzimática –, o processo é mais simples, barato e menos invasivo do que o exame que usa sangue. A Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG mantém negociações com laboratórios das áreas de saúde e biotecnologia para transferir a inovação à sociedade o mais rapidamente possível.

Existem diversas opções de testes sorológicos no mercado para identificação de anticorpos de Sars-CoV-2 com o uso do sangue. A tecnologia criada na UFMG, no entanto, destaca-se por seu pioneirismo. “Não há nenhum teste disponível que usa urina dos pacientes. Também não encontramos nenhum relato na literatura que pudesse indicar o uso da urina para a pesquisa por anticorpos específicos ao vírus causador da COVID-19”, ressaltou a pesquisadora Dra. Fernanda Ludolf Ribeiro, integrante do grupo. Ela explica que a presença de anticorpos na urina de pacientes ainda é pouco estudada, e isso provavelmente é o motivo pelo qual as pesquisas para diagnóstico da COVID-19 não tenham optado pelo uso dessa amostra biológica.

“Poucas pessoas acreditam que existam [anticorpos na urina], mas há relatos para outras doenças, o que inspirou a ideia”, conta a pesquisadora. Como residente de pós-doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical (PPG-IMT) da UFMG, a Dra. Fernanda decidiu levar sua hipótese ao supervisor, o professor Dr. Eduardo Antônio Ferraz Coelho, que acreditou no potencial da proposta e sugeriu a formação de uma equipe para dar prosseguimento aos estudos. “Contatamos os professores Flávio Fonseca, que desenvolve pesquisas sobre a COVID, e Vandack Nobre, que trabalha com projetos relacionados à doença no Hospital das Clínicas, e eles prontamente acreditaram na ideia. Avaliaram como interessante e inovadora”, relatou Fernanda Ludolf.

Urina x sangue

“Por ser um teste quantitativo-qualitativo do tipo Elisa, conseguimos excelentes valores de especificidade e sensibilidade. Obtivemos com a nossa técnica de urine based-Elisa resultados melhores que os alcançados com Elisa empregando amostras de soro dos pacientes, anteriormente aprovada pelo FDA [Food and Drug Administration, dos EUA] e pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Brasil]”, afirma Fernanda Ludolf.

Parâmetros de sensibilidade e especificidade são utilizados na interpretação de um teste diagnóstico e definem suas características e limitações. O primeiro indica a menor quantidade de anticorpos que o exame consegue detectar, e o segundo corresponde à capacidade de identificar apenas anticorpos contra antígenos do Sars-CoV-2. De acordo com material produzido pelo Ministério da Saúde para definição da acurácia dos testes diagnósticos registrados na Anvisa para a COVID-19, uma baixa sensibilidade pode, por exemplo, resultar em piora dos índices de identificação do coronavírus nos pacientes, provocando aumento do número de resultados falsos-negativos e a não detecção dos casos assintomáticos.

Acesse a notícia completa na página da UFMG.

Fonte: Luíza França, UFMG.

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