Destaque

Grupo identifica alterações no sistema purinérgico em pacientes com câncer de cabeça e pescoço

Fonte

UFFS | Universidade Federal da Fronteira Sul

Data

segunda-feira. 11 julho 2022 18:40

Resultados de uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Chapecó – em uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Hospital Regional do Oeste (HRO), foram publicados na revista científica Molecular Biology Reports. No projeto, o grupo de pesquisadoras estudou marcadores bioquímicos em pacientes com câncer de cabeça e pescoço e os comparou com um grupo controle.

A primeira autora do artigo é Filomena Marafon, técnica de laboratório da UFFS – Campus Chapecó – e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da UFSC, que tem a orientação da Dra. Margarete Dulce Bagatini, professora da UFFS e também credenciada na UFSC. 

A publicação aconteceu em junho, pouco antes do Julho Verde, mês dedicado à conscientização a respeito do câncer de cabeça e pescoço.

O grupo recrutou voluntários para participar da pesquisa. Foram 32 voluntários pacientes que tinham a doença e 33 voluntários controle, sem doenças de base ou problemas graves de saúde com faixa etária similar e mesmo gênero. Além de coletas de sangue para as análises bioquímicas, o grupo fez questionários socioeconômicos (que ainda serão analisados em outro artigo).

De acordo com a Associação Brasileira Câncer Cabeça e Pescoço (ACBG), “até 2022, cerca de 75 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de cabeça e pescoço no Brasil, dos quais 60% terão diagnostico tardio, com impacto negativo na sobrevida dos pacientes”.

Conforme Filomena, a escolha pelo estudo do câncer de cabeça e pescoço surgiu a partir da constatação de alguns fatores. “Embora a incidência do câncer de cabeça e pescoço seja relevante e muitos pacientes tenham prognósticos negativos e até mesmo desfechos ruins, já que geralmente o diagnóstico é feito tardiamente, ele é menos estudado quando comparado a outros cânceres, como o de mama e o de próstata”, ressaltou a pesquisadora.

A partir da coleta dos materiais, o grupo avaliou marcadores do sistema purinérgico e marcadores inflamatórios. Segundo Filomena, os resultados mostraram alterações nos marcadores estudados dos pacientes. “A alteração é relacionada a um quadro de imunossupressão. Por estarem imunossuprimidos, os pacientes estão mais propensos a terem recorrência da doença e metástase. Os marcadores podem ser alvo para uma terapia futura, uma terapia coadjuvante – e já há estudos mais avançados, ensaios com esses marcadores. Mostramos que em nossos pacientes também há alteração desses marcadores”, explicou Filomena.

“Esse trabalho reforça a importância da inibição da CD73, que é uma enzima responsável por aumentar os níveis de adenosina; e a adenosina é pró-tumoral. Assim como já vimos em outros cânceres que já estudamos no grupo de pesquisa e que é pesquisado no Brasil e no mundo, a inibição da CD73 é um ponto-chave para controlar o desenvolvimento do câncer”, esclareceu a professora Margarete. “Fármacos inibidores da CD73 já estão em fase de testes em outros tipos de cânceres, mas com uma projeção boa para testes clínicos e uma possível comercialização desses inibidores”.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal da Fronteira Sul

Fonte: UFFS.

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