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Hidrolisado proteico de guavira pode auxiliar na cicatrização e reparo tecidual

Fonte

UFMS | Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Data

quarta-feira. 20 setembro 2023 18:40

Considerada fruto-símbolo de Mato Grosso do Sul, a guavira tem conquistado os mercados regional e internacional. Com sabor adocicado, ela pode ser consumida ao natural, na forma de suco, sorvete, é rica em vitamina C e também em cobre e zinco. Também conhecida por guabiroba ou gabiroba, seu processo de frutificação ocorre de novembro a janeiro.

O potencial do fruto tem sido alvo de vários estudos de graduação e pós-graduação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Para além das propriedades nutritivas, um desses trabalhos investigou o uso do hidrolisado proteico da guavira em processos de cicatrização e reparação de tecidos.

Intitulada Atividade biológica do hidrolisado proteico de Campomanesia adamantium (Myrtaceae) em células endoteliais e fibroblastos, a tese foi conduzida por Verônica Assalin Zorgetto Pinheiro, técnica de laboratório da Faculdade de Medicina da UFMS. “Sou formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos [UFSCar], mestra em Ciências com Ênfase em Patologia Experimental pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e, agora, doutora em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, com ênfase em Tecnologia e Saúde com a orientação da professora Dra. Danielle Bogo”, contou Verônica.

Ela disse que as pesquisas tiveram início em 2019. “A defesa da tese aconteceu no mês passado e contou com a participação das professoras e pesquisadoras Dra. Rita de Cássia Guimarães, Dra. Raquel Pires Campos e Dra. Maria Helena Andrade da UFMS, Dra. Ana Tereza Guerrero, da Fiocruz, e Dra. Carolina Moretto Carnielli,  do LNBio/CNPEM”, disse a recém-doutora.

“Gostaria também de acrescentar que o trabalho foi feito em parceria com outros grupos de pesquisa: a etapa de digestão enzimática foi realizada em colaboração com os meus colegas do Laboratório de Purificação de Proteínas e suas Funções Biológicas sob coordenação da professora Dra. Maria Lígia Macedo, da UFMS, e a análise da capacidade antioxidante in vitro foi executada em colaboração com o Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob a coordenação do professor Dr. Mário Roberto Maróstica Júnior. Além disso, a execução dos testes com células contou com o auxílio indispensável da acadêmica do curso de Farmácia da UFMS, Gabrielle Teixeira Machado, que na época fazia sua iniciação científica conosco”, lembrou a Dra. Verônica Pinheiro.

Resumidamente, o objetivo do trabalho desenvolvido por Verônica foi analisar os efeitos biológicos do hidrolisado proteico de guavira em células endoteliais e fibroblastos, células que estão envolvidas em processos de cicatrização, reparo tecidual e formação de novos vasos sanguíneos. “Para atingir o objetivo central do estudo, foi feito o mapeamento do bioprocessamento dos frutos de guavira em farinha, concentrado proteico e hidrolisados. Foi feita a composição centesimal da farinha dos frutos de guavira, o isolamento do concentrado proteico e a digestão simulada gástrica in vitro desse concentrado utilizando as mesmas enzimas digestivas que atuam em nosso trato gastrointestinal”, detalhou. “O produto dessa digestão é o hidrolisado proteico de guavira, um conjunto de proteínas quebradas em pedacinhos menores que chamamos de peptídeos e são esses peptídeos que podem possuir ação em nosso organismo colaborando com nossa saúde e qualidade de vida”, disse a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Vanessa Amin, UFMS.

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