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Mulheres com ovários policísticos têm mesma chance de sucesso em tratamentos de fertilidade do que mulheres sem a doença

Fonte

Universidade de Queensland Austrália

Data

terça-feira. 2 janeiro 2024 17:50

Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram que mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) respondem bem aos tratamentos de fertilidade e têm a mesma taxa de natalidade que mulheres sem a doença.

A Dra. Katrina Moss, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Queensland Austrália, disse que as descobertas devem tranquilizar as mulheres com SOP que estão preocupadas com sua fertilidade: “Estudamos 1.109 mulheres que passaram por tratamentos de fertilidade e não encontramos nenhuma diferença nos nascimentos entre as mulheres com e sem SOP ou entre aquelas com diferentes perfis de tratamentos”, disse a Dra. Moss.

“Mais mulheres com SOP utilizaram tratamento de fertilidade – 38% em comparação com 13% de mulheres sem SOP, mas a taxa de natalidade foi equivalente, portanto as mulheres com SOP não ficaram em desvantagem”, continuou a pesquisadora.

A SOP afeta cerca de uma em cada dez mulheres, causando ovulação irregular ou ausente e dificultando a gravidez.

As diretrizes de prática clínica [na Austrália] recomendam um tratamento escalonado para a infertilidade relacionada à SOP – indução da ovulação seguida de inseminação intrauterina e, finalmente, fertilização in vitro.

“De acordo com nossa análise, a maioria das mulheres com SOP [no estudo australiano] está seguindo os tratamentos recomendados: 71% estão iniciando a indução da ovulação, em comparação com 36% das mulheres sem SOP, e menos mulheres com SOP progridem para a fertilização in vitro. É positivo que tratamentos não invasivos como a indução da ovulação sejam altamente eficazes, e não houve desvantagem em começar com esse e progredir para outros tratamentos, se necessário – sugerindo que as diretrizes de prática clínica funcionam bem para a maioria das mulheres”, disse a Dra. Katrina Moss.

A Dra. Jenny Doust, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Queensland Austrália, disse que as descobertas significam que os clínicos podem tranquilizar as mulheres com SOP de que suas chances de ter um filho são tão boas quanto as de qualquer outra pessoa. “No entanto, é possível que isso ocorra porque as mulheres com SOP têm maior probabilidade de iniciar tratamentos de fertilidade mais cedo, por volta dos 31 anos, em comparação com os 34 anos das mulheres sem SOP, e a idade é um fator chave para o sucesso”, disse a professora Jenny Doust.

“Também descobrimos que as mulheres que precisam de tratamentos mais invasivos, como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro, eram mais propensas a ter outras desvantagens reprodutivas, como endometriose, obesidade ou idade mais avançada. Esses fatores devem ser considerados pelos médicos e pacientes ao escolherem as vias de tratamento, pois é importante levar as mulheres ao tratamento mais eficaz o mais cedo possível”, complementou a professora.

A pesquisa foi conduzida como parte do Estudo Longitudinal Australiano sobre Saúde da Mulher, administrado pela Universidade de Queensland e pela Universidade de Newcastle.

Os resultados foram recentemente publicados na revista científica Fertility and Sterility.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland Austrália (em inglês).

Fonte: Universidade de Queensland Austrália.

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