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Novo teste detecta DNA residual de câncer no sangue sem depender de dados do tumor
Depois que os pacientes com câncer são submetidos à cirurgia para remover um tumor e, às vezes, quimioterapia adicional, ferramentas são usadas para identificar os pacientes com maior risco de recorrência. Ferramentas não invasivas para detectar doenças microscópicas são particularmente importantes.
Em um novo estudo publicado na revista científica Clinical Cancer Research, uma equipe liderada por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, avaliou o primeiro teste “sem a informação do tumor” que detecta DNA de câncer circulando no sangue de pacientes após o tratamento.
O teste, denominado Guardant Reveal, desenvolvido pela empresa de oncologia de precisão Guardant Health, é “desinformado do tumor” porque, ao contrário dos testes anteriores para DNA circulante de tumor (ctDNA) no sangue, este teste não requer o conhecimento das mutações específicas que estavam presentes em o tumor do paciente.
“O uso de ctDNA, que é um tipo de ‘biópsia líquida’, é uma ferramenta de prognóstico poderosa para detectar doença residual, e muitos estudos prospectivos estão em andamento nos Estados Unidos, Europa, Ásia e Austrália para usar ctDNA para orientar a decisão de tratamento”, disse a Dra. Aparna R. Parikh, autora principal do estudo, pesquisadora da Divisão de Hematologia e Oncologia no Hospital Geral de Massachusetts e professora de Medicina na Escola Médica de Harvard. “A maioria dos estudos usou uma abordagem de ctDNA informada sobre o tumor que requer testes do tumor e conhecimento das alterações específicas do tumor, que não podem ser usadas quando um paciente tem tecido tumoral insuficiente para análise”, explicou a pesquisadora.
Neste estudo, a Dra. Parikh e seus colegas avaliaram o primeiro ensaio de ctDNA não informado para tumor para detectar células cancerosas residuais em pacientes submetidos à cirurgia de câncer colorretal. Em vez de confiar no sequenciamento de DNA de tumores de pacientes individuais, a abordagem buscou alterações específicas conhecidas do câncer.
Quando os pesquisadores analisaram os resultados do ctDNA de 84 pacientes e examinaram a precisão com que os resultados se correlacionavam com a recorrência do câncer, eles descobriram que essa abordagem de “somente plasma” era semelhante em sensibilidade e especificidade às abordagens informadas sobre o tumor.
“Este é um dos primeiros estudos a relatar uma abordagem somente de plasma. Existem vantagens e desvantagens em cada uma das abordagens”, disse a Dra. Parikh. Ela observa que os estudos prospectivos em andamento fornecerão informações adicionais sobre o desempenho deste ensaio para detectar células cancerosas residuais e para orientar as decisões de tratamento.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Hospital Geral de Massachusetts (em inglês).
Fonte: Katie Marquedant, Hospital Geral de Massachusetts.
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