Destaque

Óxido nítrico, um possível tratamento para a COVID-19

Fonte

Universidade Uppsala

Data

terça-feira. 6 outubro 2020 16:20

Pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia,  descobriram que uma forma eficaz de tratar o coronavírus por trás da epidemia de SARS de 2003 também funciona no vírus SARS-CoV-2, intimamente relacionado e o culpado na pandemia COVID-19 em andamento. A substância em questão é o óxido nítrico (NO), um composto com propriedades antivirais que é produzido pelo próprio corpo. O estudo foi publicado na revista científica Redox Biology.

“Até onde sabemos, o óxido nítrico é a única substância que demonstrou ter um efeito direto sobre o SARS-CoV-2”, disse o Dr. Åke Lundkvist, professor da Universidade de Uppsala que liderou o estudo.

Como ainda não existe uma cura eficaz para a COVID-19, a ênfase principal dos tratamentos testados tem sido o alívio dos sintomas. Isso pode encurtar as internações hospitalares e reduzir a mortalidade. Até o momento, entretanto, não foi possível provar que algum desses tratamentos afetou o vírus real por trás da infecção.

Antibacteriano e antiviral

O óxido nítrico (NO) é um composto produzido naturalmente no corpo. Suas funções incluem atuar como um hormônio no controle de vários órgãos. Ele regula, por exemplo, a tensão nos vasos sanguíneos e o fluxo sanguíneo entre e dentro dos órgãos. Na insuficiência pulmonar aguda, o NO pode ser administrado como gás inalado, em baixas concentrações, para aumentar o nível de saturação de oxigênio no sangue. Durante a epidemia de coronavírus SARS (síndrome respiratória aguda grave) de 2003, esta terapia foi testada com sucesso. Uma das principais razões para os resultados bem-sucedidos foi que a inflamação nos pulmões dos pacientes diminuiu. Essa propriedade do óxido nítrico – a proteção que proporciona contra infecções, por ser antibacteriana e antiviral – é justamente a que agora interessa aos pesquisadores.

Seu estudo se baseia em uma descoberta sobre o coronavírus que causou a primeira epidemia de SARS. Em 2003, o NO liberado pela S-Nitroso-N-acetilpenicilamina (SNAP) provou ter um efeito antiviral distinto.

Os pesquisadores da Universidade de Uppsala e do Instituto Karolinska investigaram agora como o novo coronavírus envolvido na pandemia atual, o SARS CoV-2, reage ao composto. E o SNAP também demonstrou um claro efeito antiviral sobre esse vírus – e um efeito mais forte à medida que a dose aumenta.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Uppsala (em inglês).

Fonte: Åsa Malmberg, Universidade de Uppsala.

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