Destaque

Pesquisa analisa a qualidade de plantas medicinais comercializadas para o tratamento de diabetes

Fonte

UFLA | Universidade Federal de Lavras

Data

sexta-feira. 10 setembro 2021 08:00

Foi publicado recentemente, na revista científica Research, Society and Development, um estudo que analisou plantas medicinais frequentemente adquiridas para tratar o diabetes. Os resultados mostraram que a maioria dos produtos analisados descumpre as exigências de qualidade. O artigo é resultado do trabalho de um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que decidiram observar de perto a qualidade de diferentes plantas antidiabéticas disponíveis no mercado.

A diabetes mellitus é uma doença crônica que causa a elevação da glicose no sangue devido à falha na ação ou ausência do hormônio insulina, produzido no pâncreas. Estima-se que, atualmente, existam mais de 13 milhões de brasileiros convivendo com a doença. Para auxiliar no tratamento, muitos diabéticos utilizam plantas medicinais.

Entretanto, efeitos indesejados relacionados ao uso de plantas medicinais têm sido frequentes, o que pode ser impulsionado pela baixa qualidade de produtos comercializados. Por isso, considerando o vasto uso dessas plantas por pessoas diabéticas, as pesquisadoras decidiram analisar aspectos como a aparência, a cor, o cheiro, os rótulos e as embalagens de diferentes plantas que são vendidas para o controle do diabetes, observando, ainda, se essas plantas possuíam materiais estranhos misturados a elas.

Para a realização da pesquisa, a equipe analisou plantas conhecidas como cavalinha, jambolão e pata-de-vaca, vendidas a granel. Essas plantas são conhecidas popularmente para tratar diabetes e constam na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (Renisus). Além das análises de laboratório em busca de materiais estranhos, um grupo de dez avaliadores conhecedores da área observaram essas amostras adquiridas e responderam a um questionário elaborado pelas pesquisadoras.

Ao final, os avaliadores constataram que existia muita variação nos parâmetros avaliados quando comparadas as amostras compradas e uma amostra de referência da mesma espécie da planta analisada. Os resultados demonstraram, ainda, que nenhuma amostra apresentou conformidade em relação à disponibilização de informações técnicas nas embalagens, e que mais de 60% foram reprovadas pelos avaliadores no exame visual e de odor. Além disso, diversos materiais estranhos foram encontrados misturados às plantas medicinais analisadas. Foi possível observar, por exemplo, a presença de partes de outras plantas e de insetos em meio às amostras.

Assista ao vídeo do Portal da Ciência da UFLA sobre a publicação:

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa no Portal da Ciência da UFLA.

Fonte: Claudinei Rezende e Ana Eliza Alvim, Comunicação UFLA.

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