Destaque

Pesquisa da UFMG analisou diagnóstico da COVID-19 através da urina

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

quarta-feira. 17 janeiro 2024 18:55

Pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Infectologia e Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre o uso da urina para a detecção de anticorpos contra o vírus Sars-CoV-2, causador da COVID-19, foi uma das agraciadas com menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023, promovido pela Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Em 2021, o método diagnóstico teve pedido de patente depositado e aguarda aprovação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O uso da amostra de urina já havia sido testado para o diagnóstico de doenças como hepatite A, leishmaniose e dengue, mas ainda não existia estudo em relação ao Sars-CoV-2. A investigação, conduzida pela pesquisadora Fernanda Fonseca Ramos, comparou a eficiência da análise da urina com testes sorológicos, realizados com base na coleta de sangue, na identificação de anticorpos contra o coronavírus. Os experimentos foram realizados a partir do nucleocapsídeo (N) e da proteína Spike (S), partículas do vírus que, em contato com o organismo humano, estimulam a produção de anticorpos. Essas partículas foram produzidas em laboratório com auxílio de biotecnologia.

Foram analisadas aproximadamente 200 amostras de urina de indivíduos não vacinados até então, com o auxílio de parâmetros estatísticos conhecidos como escala de sensibilidade e especificidade, que vão de 0 a 100, e medem a precisão do teste em diagnosticar os casos verdadeiramente positivos, e a capacidade de identificar os casos verdadeiramente negativos, respectivamente.

Mais preciso e menos invasivo

Os resultados validaram a urina como amostra para diagnóstico da COVID-19, com 94% de sensibilidade e 100% de especificidade, índices superiores às amostras de soro, que registraram 88% de sensibilidade e 100% de especificidade quando a proteína N é usada como parâmetro. A testagem com o uso da urina também se mostrou menos invasiva, com maior praticidade no armazenamento e na coleta, por não necessitar de um profissional coletor, possibilitando acesso a pessoas em locais remotos.

Para que o teste seja disponibilizado comercialmente, ainda são necessários novos experimentos, incluindo a análise de amostras de urina de pacientes vacinados, investimento de empresas do ramo e padronização pelos órgãos de saúde com outros testes do vírus da COVID-19.

O trabalho foi realizado sob orientação do professor Dr. Eduardo Antonio Ferraz Coelho e co-orientação da professora Dra. Fernanda Ludolf Ribeiro de Melo, do Programa de Pós-graduação em Infectologia e Medicina Tropical da UFMG.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.

Fonte: UFMG.

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