Destaque

Pesquisa da UFMG investiga transmissão da esquistossomose por roedores

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

segunda-feira. 25 dezembro 2023 16:10

A esquistossomose, também conhecida popularmente como xistose ou barriga d’água, é considerada uma doença negligenciada, porque alcança principalmente populações pobres e atrai pouco investimento em pesquisas para a produção de medicamentos e seu controle. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 1,5 milhão de brasileiros vivem em áreas sob o risco de contrair a enfermidade. A infecção se dá por meio do contato com água contaminada, em que há a presença de caramujos infectados pelo parasito Schistosoma mansoni.

O biólogo Guilherme Miranda, que concluiu o doutorado no Programa de Pós-graduação em Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), investigou outros possíveis hospedeiros do Schistosoma mansoni. O foco da pesquisa foi uma linhagem do parasito que infecta roedores silvestres encontrados em áreas de pesca no estado do Maranhão, uma das regiões endêmicas.

A comparação entre a linhagem encontrada nos roedores silvestres e a linhagem clássica do parasito, que infecta humanos, foi feita a partir do sequenciamento genético, que consiste na leitura dos códigos de DNA. Com base nessa comparação, foram identificadas semelhanças com linhagens encontradas em outras partes do mundo.

A inovação trazida pelo estudo rendeu ao pesquisador menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023, promovido pela Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na área de Ciências Biológicas II. O trabalho foi orientado pela Dra. Deborah Aparecida Negrão-Corrêa, professora do Departamento de Parasitologia do ICB, e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA).

Próximos passos

Para comprovar a hipótese de que os roedores podem transmitir a esquistossomose para humanos, a continuidade da pesquisa requer a coleta de novos vermes e ovos encontrados nas fezes dos roedores silvestres naturalmente infectados, para nova avaliação genética e comparação com as linhagens do Schistosoma mansoni que infectam humanos na região, desta vez sem usar modelos experimentais de laboratório.

Uma das preocupações dos pesquisadores é que roedores silvestres sucessivamente infectados com os parasitos possam favorecer a seleção de novas linhagens de Schistosoma mansoni, com impactos na gravidade, na transmissão e no controle da esquistossomose ainda desconhecidos.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.

Fonte: UFMG.

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