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Pesquisadores descobrem um novo receptor que regula a função das células progenitoras de glândulas sebáceas
Células-tronco e células progenitoras desempenham um papel importante na renovação de múltiplos tecidos. O grupo de pesquisa do Dr. Jyrki Heino, professor de Bioquímica da Universidade de Turku, na Finlândia, e o grupo de pesquisa da Dra. Fiona Watt, professora do King’s College London, no Reino Unido, descobriram uma molécula chamada embigina na superfície das células progenitoras do epitélio e provaram sua importância para a função das glândulas sebáceas.
Em experimentos bioquímicos realizados na Universidade de Turku, os pesquisadores conseguiram demonstrar que a embigina se liga à proteína da matriz extracelular chamada fibronectina, que atua como molécula de adesão para as células.
“A embigina foi descoberta em células embrionárias malignas décadas atrás. No entanto, pouco se sabe sobre como essa molécula funciona e que tipo de papel ela tem nas células normais do corpo”, disse o Dr. Kalle Sipilä, primeiro autor do artigo e pesquisador do King’s College London.
A embigina parece operar no corpo da mesma forma que em um laboratório: quando os pesquisadores do King’s College London removeram a embigina das células-tronco da pele editando o genoma do camundongo, as células progenitoras da glândula sebácea se desprenderam da matriz extracelular e começaram a sua diferenciação prematuramente.
“A embigina não só ajuda as células a aderir e diferenciar pontualmente, mas também direciona algumas proteínas de transporte na superfície celular, através das quais moléculas precursoras da síntese de lipídios podem acessar a célula. Esse processo é especialmente importante para a produção de sebo para lubrificar a pele” , disse o Dr. Sipilä.
Colaborações multinacionais, mobilidade de pesquisadores e colaborações interdisciplinares são particularmente importantes para a pesquisa biomédica. “Por exemplo, há experiência de alto nível em Turku para estudar uma relação estrutura-função de proteína”, disse o professor Jyrki Heino.
A interação das células-tronco com sua matriz extracelular de nicho é importante para quase todos os tipos de células-tronco do corpo. A Agência Europeia de Medicamentos aprovou a primeira terapia com células-tronco em 2015 para o tratamento da córnea danificada, e as aplicações de diferentes células-tronco na reparação de tecidos estão sob intensa investigação atualmente. Segundo o Dr. Sipilä, um dos grandes desafios da pesquisa com células-tronco é criar um ambiente de laboratório artificial, no qual as células possam aderir, apoiando a renovação e diferenciação celular como em um tecido normal.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Developmental Cell.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Turku.
Fonte: Universidade de Turku.
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