Destaque

Pesquisadores desenvolvem software para análise de imagens histológicas

Fonte

UEM | Universidade Estadual de Maringá

Data

quinta-feira. 2 junho 2022 07:30

Apresentado na 29th International Conference on Systems, Signals and Image Processing evento realizado de 1 a 3 de junho, em Sofia, na Bulgária – trabalho realizado por um grupo de quatro professores e três estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) resultou no desenvolvimento de um software que permite a análise semi-automática de fotomicrografias (imagens obtidas a partir de lâminas histológicas observadas ao microscópio).

O programa mimetiza a metodologia de morfometria manual que foi proposta na década de 60 pelo cientista Ewald Weibel. O método consiste em sobrepor uma grade contendo 168 pontos sobre uma imagem histológica, possibilitando quantificar diferentes zonas de interesse a partir das intersecções destas com os pontos da grade.

O software proposto pelo grupo visa automatizar o método de Weibel, diminuindo o trabalho requerido do pesquisador e reduzindo o tempo necessário para a análise de cada imagem. Em uma primeira sequência experimental, o tempo necessário para análise das imagens foi reduzido em aproximadamente 40%.

O desenvolvimento do software começou a partir de demandas para agilizar pesquisas feitas no projeto de iniciação científica do estudante de Biotecnologia Celso Vítor Calomeno, orientando pelas professoras Dra. Jaqueline C. Rinaldi e Dra. Gessilda A. N. de Melo, vinculadas ao Programa de Pós-Graduação em Biociências e Fisiopatologia (PBF) da UEM. A partir deste projeto, o estudante entrou em contato com os professores Dr. Franklin C. Flores e Dr. Yandre M. G. Costa, ambos do Departamento de Informática (DIN) da UEM.

Buscando alternativas para realizar o trabalho com a Grade de Weibel de maneira automatizada, os estudantes Mateus F. T. Carvalho e Sergio A. da Silva Junior, utilizaram técnicas de processamento de imagem para desenvolver um método que segmenta as estruturas histológicas presentes na imagem utilizando separadamente as informações dos diferentes canais de cores. O software foi registrado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e, futuramente, a equipe planeja disponibilizá-lo para que outros pesquisadores possam utilizá-lo.

De acordo com o professor Dr. Julio C. Polonio, do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular (DBC) da UEM, orientador de Celso durante o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e participante da pesquisa, a maior conquista deste trabalho é a integração de diferentes setores da universidade para a solução de uma demanda, com cada setor oferecendo sua contribuição de acordo com suas potencialidades, o que abre muitas portas para colaborações futuras.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual de Maringá.

Fonte: Adrian Gustavo, Assessoria de Comunicação Social da UEM.

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