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Pesquisadores realizam avaliação química e biológica de plantas da Região Amazônica

Fonte

FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

Data

sexta-feira. 17 maio 2024 12:00

A Região Amazônica é conhecida por sua diversidade de plantas. E a fim de produzir informações sobre algumas espécies vegetais, pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), realizou a avaliação química e biológica de extratos alcoólicos de plantas coletadas em Itacoatiara (a 176 quilômetros da capital), para avaliar o potencial antimicrobiano e acaricida e obter subsídios para, futuramente, desenvolver produtos para aplicação terapêutica e agrícola.

O estudo intitulado ‘Prospecção química e atividades antimicrobiana e acaricida de extratos de espécies amazônicas’ identificou alguns grupos de metabólitos nos extratos das plantas analisadas, tais como esteroides, terpenoides, flavonoides, taninos e alcaloides.

A Dra. Renata Takeara Hattori, coordenadora da pesquisa e professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), explicou que a metodologia envolveu a secagem de folhas do cipó-alho (Mansoa alliacea), do camu-camu (Myrciaria dubia), do jambolão (Syzygium cumini), do óleo elétrico (Piper callosum) e da capeba (Piper marginatum em estufa, para trituração em moinho e posterior extração com etanol. Os extratos foram concentrados para secagem e, em seguida, foram fracionados com solventes de diferentes polaridades.

“Essas plantas foram escolhidas, pois ocorrem na região de Itacoatiara. Elas são utilizadas pela população, podendo apresentar alguma propriedade biológica. Além disso, na literatura, há artigos que demonstram o potencial dessas plantas, comprovando algumas atividades biológicas”, enfatizou a pesquisadora.

Logo depois, foram analisadas também a atividade acaricida frente ao ácaro vermelho (Raoiella indica), que é uma praga agrícola causadora de danos às palmeiras, podendo atacar coqueiros e bananeiras; e antimicrobiana frente aos microrganismos Escherichia coliStaphylococcus aureusCandida albicans e Candida parapsilosis, que são microrganismos responsáveis por causar doenças infecciosas em humanos. Outro dado coletado foi que o camu-camu inibiu o crescimento das bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus.

“Os resultados preliminares podem servir para outras pesquisas, que determinem quais substâncias estão contribuindo para atividade antimicrobiana e como essas substâncias agem nos microrganismos, sendo o ponto de partida para o desenvolvimento de novos medicamentos”, afirmou a professora Renata Takeara.

A pesquisadora salientou ainda que esses estudos contribuem para a valorização das plantas da região e para um maior cuidado com o meio ambiente. Apesar de os resultados ainda serem preliminares, é importante afirmar que as plantas já são utilizadas pela população e podem apresentar atividades biológicas relevantes. Muitas vezes, essas plantas são descartadas pela falta de conhecimento de suas propriedades biológicas.

Acesse a notícia completa na página da FAPEAM.

Fonte: Diovana Rodrigues, Decon/FAPEAM.

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