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Planta “cará-do-ar” pode combater células cancerígenas in vitro

Fonte

UTFPR | Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Data

sexta-feira. 1 outubro 2021 10:35

Pesquisadores somaram esforços para estudar as propriedades da planta conhecida como cará do ar, a cará-moela, no combate a células cancerígenas. Já havia sido descoberta a presença de substâncias farmacológicas importantes nesta planta, porém, pesquisadores do Campus Pato Branco da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) revelaram uma atividade antitumoral inédita sobre células leucêmicas Raji e Jurkat.

De acordo com o Dr. Edimir Andrade Pereira, professor do Departamento de Química do Campus, para realizar o estudo foram reunidos profissionais de diversas especialidades e instituições de ensino superior como agrônomos, biólogos, químicos, farmacêuticos e geneticistas.

No caso do cará-moela, estudos revelam que as substâncias encontradas são responsáveis pelo seu potencial terapêutico, destacando-se a atividade antimicrobiana, analgésica, anti-inflamatória, anti-hiperglicêmica, anti-hiperlipidêmica, anticancerígena e antioxidante. “Apesar de existirem diversas pesquisas com plantas com potencial antitumoral, existem poucos relatos na literatura científica apresentando frações do extrato bruto ou isolamento e identificação das substâncias responsáveis por essa ação”, explicou o professor.

O estudo foi desenvolvido in vitro, usando células tumorais isoladas. Os resultados demonstraram que tanto o extrato bruto como as frações obtidas demonstraram relevante ação antitumoral contra as células leucêmicas e baixa toxicidade frente às células renais. “Ou seja, demonstram sua eficácia no controle da proliferação de tumores, ao mesmo tempo que apresentam menor toxicidade a células sadias do organismo humano, condição desejada para futura aplicação como medicamento. Também foi confirmada atividade antioxidante expressiva”, afirmou o Dr. Edimir.

A professora Dra. Sirlei Teixeira, líder do grupo de pesquisa, pretende dar sequência aos experimentos, com o objetivo de avaliar diferentes linhagens de tumores humanos, bem como isolar, identificar e purificar as substâncias responsáveis por estas atividades, além de dar início a testes in vivo.

Os primeiros resultados, que utilizaram o cará-moela já foram publicados em 2018 na revista científica ‘Journal of King Saud University’ e agora serão encaminhados para publicação em outras revistas internacionais.

Cará-moela

O cará-moela (Dioscorea bulbifera L.) é uma planta de origem asiática e africana, naturalizada no Brasil, e é um dos raros tubérculos que não nascem enterrados. São aéreos e se desenvolvem pendurados na planta, conhecidos como “cará do ar”. Por não estar inserido em um sistema de cultivo comercial,  sem uma cadeia produtiva organizada, é considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (Panc).

Após serem cozidos no vapor ou em água, podem entrar na composição de uma vasta lista de pratos culinários como purês, patês, refogados, sopas, caldos, cremes, tortas e muito mais. Também podem ser consumidos assados ou fritos. Os tubérculos são ricos em amido e glúten e, após secagem, podem ser transformados em farinha para panificação ou usados como fonte de amido para a indústria de fármacos e cosméticos. Seus tubérculos, folhas e flores possuem propriedades medicinais.

Acesse a notícia completa na página da UTFPR.

Fonte: Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

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