Destaque

Plataforma pode acelerar o desenvolvimento de novos fármacos

Fonte

Jornal da USP

Data

sábado. 24 julho 2021 10:20

Uma plataforma desenvolvida por pesquisadores de todo o mundo conecta informações de genoma de organismos com os seus produtos do metabolismo, chamados de metabólitos. A iniciativa tem como objetivo facilitar o desenvolvimento de novas soluções para a saúde e o meio ambiente.

O estudo, publicado na revista científica Nature Chemical Biology pela Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, contou com a  participação de pesquisadoras do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e abre possibilidade para estudos em diversas áreas. A plataforma, chamada Paired Omics Data Platform, padroniza e conecta dados genômicos, ou seja, genes e vias de biossíntese, e metabolômicos, que são as substâncias produzidas por organismos.

As pesquisadoras Dra. Letícia Lotufo, professora de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, e Dra. Anelize Bauermeister, pós-doutoranda do ICB-USP, que hoje conduz sua pesquisa na Universidade da Califórnia San Diego, nos EUA, trabalharam no projeto fornecendo dados sobre a diversidade brasileira. A plataforma é aberta a todos os pesquisadores que queiram participar e conta com informações sobre organismos de todo o mundo.

A Dra. Anelize explica que a plataforma pode acelerar o processo de identificação das substâncias produzidas pelos organismos. “Tradicionalmente, o processo de identificação de um metabólito consiste na obtenção do extrato bruto em larga escala, realizando várias etapas de purificação desse extrato até conseguir isolar a substância – um processo que demanda tempo e consumo de reagentes.” A partir disso, a substância isolada é utilizada para fazer os testes biológicos.

No entanto, a pesquisadora explica que esse procedimento muitas vezes leva ao isolamento de substâncias que não são de interesse. “Por isso a busca prévia por estruturas conhecidas e depositadas em bancos de dados é importante. O problema é que, até então, só existiam bancos de dados de genômica ou de metabolômica, separadamente, e essas plataformas não se comunicavam entre si”, ressaltou a Dra. Anelize.

Com a Paired Omics Data Platform, torna-se possível conectar, de forma padronizada, o organismo em análise com o que ele é capaz de produzir e apontar se aquilo está sendo produzido de fato.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Bruna Irala, Jornal da USP.

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