Destaque

Projeto sobre autoimunidade é incentivado pela Sociedade Portuguesa de Neurologia

Fonte

Universidade do Porto

Data

domingo. 26 novembro 2023 17:55

A Dra. Ângela Fernandes, pesquisadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, em Portugal, conquistou recentemente a ‘Bolsa Pereira Monteiro de Apoio à Investigação Translacional em Neurologia’, atribuída pela Sociedade Portuguesa de Neurologia.

A bolsa, no valor de 5 mil euros e destinada a apoiar a pesquisa científica na área das Neurociências com elevado potencial de impacto na prática clínica futura, permitirá estudar o impacto das alterações nos açucares que revestem as células T nas doenças autoimunes com o objetivo de encontrar novas estratégias terapêuticas e controlar estas doenças.

Neste projeto, explicou a Dra. Ângela Fernandes, “vamos centrar-nos numa doença específica, a Miastenia Gravis (MG), e perceber o que acontece se reprogramarmos a glicosilação das células T reguladoras”.

A MG é uma doença autoimune que afeta as junções neuromusculares, levando à fraqueza muscular generalizada e fadiga, com consequente restrição crônica e gradual das funções diárias dos pacientes, podendo levar à morte. “Esta doença autoimune representa o modelo ideal para estudar a dinâmica entre a (dis)função das células T reguladoras, uma vez que se desenvolve principalmente a nível central (timo), tendo as células T reguladoras um papel principal na evolução da doença”, justificou a pesquisadora.

De acordo com a Dra. Ângela Fernandes, os dados preliminares obtidos no grupo Immunology, Cancer & GlycoMedicine, coordenado pela Dra. Salomé Pinho e onde está desenvolvendo a sua investigação, “demonstraram que as células T reguladoras de pacientes com MG apresentam uma composição de açúcares significativamente alterada, caracterizada por déficits de estruturas específicas de glicanos, quando comparados com as células T reguladoras de indivíduos saudáveis. Estas evidências constituíram a base deste projeto no qual planejamos reprogramar a glicosilação das células T reguladoras antevendo o controle da resposta imune”.

Os resultados obtidos com este projeto, garantiu a pesquisadora do i3S, “serão cruciais para clarificar o impacto dos glicanos na modulação das atividades das células T reguladoras na autoimunidade, propondo a reprogramação destas como uma potencial estratégia terapêutica para controlar e prevenir a MG, bem como outras doenças autoimunes”.

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte:  Luísa Melo, i3S/Universidade do Porto.

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