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Startup financiada pela Fundect desenvolve corante a partir de microrganismo do Pantanal

Com as exigências crescentes dos consumidores, a demanda por produtos naturais e sustentáveis vem aumentando a cada dia. É neste contexto que a startup Arandu Biotecnologia inova ao desenvolver um corante vermelho intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, seguro à saúde e de origem pantaneira.

Tudo começou em um laboratório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a partir de uma linha de pesquisa que buscava substâncias bioativas de interesse no bioma sul-mato-grossense. Os pesquisadores Dr. Arthur Ladeira Macedo, Dra. Denise Brentan da Silva e o Dr. Edson dos Anjos dos Santos se depararam com seres microscópicos que produziam colorações naturais.

Uma cepa em especial chamou mais atenção por produzir uma substância vermelha. Depois de vários testes, os pesquisadores viram ali um potencial produto e decidiram unir suas expertises nas áreas de Química e Farmácia para desenvolver a biotecnologia do corante.

“Apesar da mesma espécie existir em outros locais, a cepa do Pantanal que identificamos é singular por ser um indivíduo com características únicas, que ao longo do tempo se adaptou àquele ambiente em específico, com influência de solo, clima, umidade, entre outros fatores. Por isso, podemos dizer que é uma cepa pantaneira”, destacou o Dr. Arthur Ladeira Macedo, coordenador do projeto, com experiência em produtos naturais bioativos.

O impulso para transformar a pesquisa em inovação veio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect). A Arandu foi uma das startups selecionadas do Programa Centelha II, parceria da Fundect com a Finep, que apoia com subvenção econômica empresas inovadoras de base tecnológica.

“Empreender foi um grande passo para nós que somos do meio acadêmico. A ajuda da Fundect neste começo tem sido fundamental para que possamos desenvolver e validar nossa tecnologia”, destacou a Dra. Denise Brentan da Silva, especialista em Ciências de Produtos Naturais e Sintéticos.

Segundo a pesquisadora, a substância vermelha produzida pelo microrganismo encontrado no Pantanal tem vantagens físico-químicas em relação a outros corantes naturais, como cor intensa, estabilidade e solubilidade em água, características interessantes para os mercados alimentício, cosmético e até têxtil.

“Temos outros pigmentos naturais bastante conhecidos aqui no Brasil, como o urucum, por exemplo, mas ele não é solúvel em água o que dificulta a aplicação em diversos produtos, além de sofrer degradação e assim ter problemas com relação à estabilidade”, explicou a  Dra. Denise Brentan.

O corante desenvolvido pela Arandu é baseado na bioeconomia, que utiliza recursos naturais e novas tecnologias com propósitos de criar produtos e serviços mais sustentáveis. O doutor em Química Edson dos Anjos dos Santos explicou que o processo de fabricação do corante é feito totalmente em laboratório, a partir de uma cepa do microrganismo, sem necessidade de exploração do bioma.

Todas estas características tornam o produto um concorrente de peso para substituir o carmim de cochonilha, hoje o corante vermelho natural de melhor qualidade e mais utilizado pela indústria mundial, produzido a partir do inseto Dactylopius coccus.

Acesse a notícia completa na página da Fundect.

Fonte: Maristela Cantadori, Fundect.

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