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Teste de descoberta de dose abre caminho para nova vacina contra rotavírus em recém-nascido
Pesquisadores da Universidade de Liverpool, do Murdoch Children’s Research Institute e do Malawi Liverpool Wellcome Clinical Research Program descobriram que uma dose reduzida de vacina contra o rotavírus neonatal produz uma resposta imune robusta em crianças em risco de doença diarreica mortal na África.
As vacinas contra o rotavírus reduzem as mortes e hospitalizações relacionadas ao rotavírus, mas são menos eficazes em países com alta mortalidade infantil. Embora 114 países já tenham introduzido uma vacina contra o rotavírus, ainda há mais de 80 milhões ou 45% das crianças com menos de 5 anos de idade que não recebem a vacina contra o rotavírus.
Desenvolvida a partir de uma cepa de rotavírus neonatal exclusiva em Melbourne, Austrália, a vacina RV3-BB é administrada a bebês desde o nascimento com potencial para melhorar o nível de proteção, limitar as barreiras à administração oportuna e melhorar a segurança das vacinas contra rotavírus. O ensaio clínico de fase 2, publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases, foi coliderado pela professora Dra. Julie Bines, do Murdoch Children’s Research Institute, e pelo professor Dr. Nigel Cunliffe, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, que dirigiu um programa de longo prazo de pesquisa de rotavírus em crianças em Malawi por mais de 20 anos.
Os pesquisadores avaliaram a segurança e a reação imunológica a três quantidades diferentes da vacina RV3-BB em 711 bebês malauianos ao nascimento ou nas primeiras semanas de vida. Três doses da quantidade média de vacina produziram uma resposta imune equivalente nos bebês, conforme medido em seu sangue e fezes, como o esquema de dose mais alto.
“Esse nível de resposta imune foi semelhante ao nosso estudo de fase 2b na Indonésia, que usou a dose mais alta. Nesse estudo, descobrimos que 94% dos bebês que receberam a RV3-BB logo após o nascimento foram protegidos de diarreia grave por rotavírus no primeiro ano de vida. Nossos resultados são extremamente encorajadores quando comparados às atuais vacinas pré-qualificadas e disponíveis globalmente pela Organização Mundial da Saúde. A OMS recomenda que todas as crianças recebam uma vacina contra o rotavírus”, disse a professora Julie Bines.
“Embora as vacinas contra rotavírus atualmente usadas tenham reduzido significativamente a doença e a morte por doença por rotavírus no Malawi e em outros países africanos com alta mortalidade infantil, o rotavírus ainda é a principal causa de mortes por diarreia nesses locais”, destacou o professor Cunliffe.
A fabricante de vacinas PT BioFarma, da Indonésia, que atualmente detém o licenciamento, está realizando um ensaio clínico de fase 3 da RV3-BB na Indonésia, com resultados a serem anunciados em 2023.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Liverpool (em inglês).
Fonte: Universidade de Liverpool.
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