Destaque

UEL desenvolve dermocosmético que combate bactérias multirresistentes

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

domingo. 23 junho 2024 10:45

Um grupo de professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolveu um gel-creme para a pele humana que auxilia no combate a fungos, vírus e bactérias multirresistentes. O produto inovador contém nanopartículas de prata biogênicas e um composto químico com propriedade antimicrobiana e antifúngica chamado violaceína. Resultado de uma pesquisa científica desenvolvida no Departamento de Microbiologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL, o dermocosmético foi patenteado e, atualmente, está em fase de prospecção de parcerias para disponibilização no mercado.

O produto dermatológico resulta da combinação de dois ativos, as nanopartículas de prata, derivadas do sal de prata, e a violaceína, um pigmento bacteriano roxo, geralmente encontrado no Rio Negro, que nasce na Colômbia e percorre, principalmente, a região Norte do Brasil. A união dos dois componentes acontece pela abordagem de síntese verde, uma metodologia que busca desenvolver processos e produtos químicos de maneira sustentável e que minimiza ou elimina os impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto.

Uma das principais vantagens desse método é a capacidade de atuar na resistência de bactérias patogênicas para diferentes tratamentos dermatológicos, com aumento da eficácia e redução da dose necessária do produto para alcançar o efeito desejado. A síntese com substâncias biológicas, especificamente plantas, torna o processo proposto na pesquisa da UEL mais ecológico e sustentável, embora seja mais caro do que os métodos convencionais de reação química, que podem resultar em produtos tóxicos.

Segundo o Dr. Gerson Nakazato, coordenador do projeto e professor de Microbiologia da UEL, a eficácia do potencial antimicrobiano das nanopartículas de prata biogênicas e da violaceína aumenta de forma significativa ao atuarem de forma combinada. “Quando esses dois ativos biológicos funcionam de forma combinada, é possível reduzir as doses e as quantidades de cada um para alcançar o efeito desejado”, afirmou. “Outra vantagem é que, para cada ativo antimicrobiano, o microrganismo pode se defender, responder e gerar resistência, porém ao usar os dois ativos ao mesmo tempo a chance de gerar resistência é menor”, explicou o professor.

Acesse a notícia completa na página do Portal ‘O Perobal’, da Universidade Estadual de Londrina.

Fonte: Agência UEL.

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