Notícia

Doutorandas desenvolvem produto contra a periodontite à base de planta medicinal

Doença afeta mais de 60% das pessoas no Brasil e ideia é buscar parceria para lançar o produto, visando beneficiar a população

Freepik

Fonte

UEM | Universidade Estadual de Maringá

Data

quarta-feira, 25 março 2020 14:45

Áreas

Fitoterapia. Indústria Farmacêutica. Odontologia.

Três alunas doutorandas em farmácia na Universidade Estadual de Maringá (UEM) estão desenvolvendo uma formulação farmacêutica inovadora capaz de prevenir a periodontite, a principal causa de perda dental, que afeta cerca de 60% da população brasileira e está associada a diversas outras doenças sistêmicas, incluindo o diabetes, doença cardiovascular e o reumatismo.

Para viabilizar a criação do produto, as pesquisadoras montaram a startup Salutem Farmacêutica Ltda. A empresa está recebendo apoio da Fundação Araucária, por meio do projeto Sinapse da Inovação PR, um programa de incentivo ao empreendedorismo inovador, e está incubada na Incubadora Tecnológica de Maringá, na UEM.

O projeto foi criado para transformar as ideias de estudantes, pesquisadores, professores e empreendedores em negócios, aportando recursos financeiros e capacitações. Foram 1.851 ideias paranaenses submetidas ao Sinapse em 2019, das quais apenas 100 foram contempladas com o prêmio, incluindo a Salutem Farmacêutica, que recebeu R$ 40.000,00 para custear o desenvolvimento do projeto, bem como assessoria empresarial.

Fernanda Pilatti, Larissa Valone e Raquel Isolani cursaram juntas o curso de Farmácia na UEM, fizeram mestrado em Ciências Farmacêuticas e ingressaram no doutorado em Farmácia orientadas pelo professor Dr. João Carlos Palazzo de Mello, outro integrante da equipe e sócio da startup.

Como não existe nada para prevenção da periodontite no mercado, o trabalho da startup promete revolucionar o setor, pois além do produto a ser desenvolvido pela empresa, a ideia é levar à população um pouco do conhecimento que adquiriram e o que pesquisaram na Universidade.

A startup irá solicitar ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) a carta patente pela formulação farmacêutica. Ao receber o documento, irá procurar empresas interessadas em explorar o produto comercialmente, em grande escala.

A descoberta

A fórmula foi desenvolvida a partir de uma planta medicinal, cuja estrutura é modificada em laboratório, de forma que fique aderida na mucosa da boca do paciente após uma aplicação diária, em média.

As doutorandas Raquel Isolani e Fernanda Pilatti descobriram que a planta e a formulação proposta têm atividade contra a principal bactéria causadora da periodontite, com base em pesquisas que desenvolveram em um intercâmbio na Alemanha por meio do programa Ciência sem Fronteiras, em 2018, para estudar melhor as atividades dessa planta.

O tratamento da periodontite se dá por meio de raspagem feita pelo dentista e o uso de antibióticos. Porém, com o tempo as bactérias adquirem resistência ao medicamento, o que exige a descoberta de novos agentes antimicrobianos. A formulação derivada da planta impedirá que a bactéria fique aderida à mucosa da boca do paciente, bem como que se forme um biofilme. O produto poderá ser usado associado ao tratamento recomendado pelo dentista, facilitando-o, e prevenindo-se de uma eventual reincidência da doença.

Outra finalidade da startup é fornecer consultoria e assessoria para grandes empresas em desenvolvimento de metodologia científica e oferecer treinamento de pessoal para trabalhar com ciência e pesquisa, desde que esteja ligado ao trabalho com produtos naturais e tecnologia farmacêutica, a área de pesquisa da empresa.

Atuando também nas redes sociais como “salutemfarmaceutica” (LinkedIn, Facebook e Instagram), a startup trabalha com o foco de levar ao mercado as soluções e melhorias que desenvolvem na pesquisa acadêmica. Com a inovação a que se propõe em suas pesquisas, a empresa quer que seus produtos a serem desenvolvidos alcancem a população e possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida.

Acesse a notícia completa na página da UEM.

Fonte: Paulo Pupim, UEM. Imagem: Freepik.

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