Notícia

Estudo identifica seis medicamentos que podem ser reposicionados para o tratamento da toxoplasmose

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Jundiaí triaram 160 compostos com ação conhecida contra o novo coronavírus e identificaram aqueles que também agem contra o protozoário Toxoplasma gondii

Ke Hu e John M. Murray via Wikimedia Commons

Fonte

Agência FAPESP

Data

domingo, 17 setembro 2023 17:10

Áreas

Doenças Infecciosas. Farmacologia. Imunologia. Microbiologia. Parasitologia. Patologia. Química Medicinal. Reposicionamento de Fármacos. Saúde Pública. Toxicologia.

A ciência procura novas opções de tratamento para a toxoplasmose, infecção que atinge mais de um terço da humanidade. Um dos avanços mais recentes foi divulgado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Jundiaí na revista científica PLOS ONE.

O grupo avaliou 160 medicamentos que integram a chamada ‘COVID Box’ – uma biblioteca de compostos com atividade prevista contra o vírus SARS-CoV-2 que foi desenvolvida pela Medicines for Malaria Venture (MMV), uma entidade sem fins lucrativos voltada a desenvolver tratamentos para doenças negligenciadas.

“Identificamos seis compostos que são pelo menos 30 vezes mais letais ao parasito da toxoplasmose do que às células hospedeiras”, contou a Dra. Juliana Quero Reimão, pesquisadora responsável pelo estudo.

Os compostos selecionados foram: etaverina, fluspirileno, tietilperazina, PB 28, nebivolol e almitrina. “Dentre estes, testamos em camundongos com toxoplasmose crônica a almitrina, indicada para o tratamento da doença obstrutiva pulmonar crônica [DPOC]. Observamos que esse composto foi eficaz, levando a uma redução significativa da carga parasitária no cérebro”, relatou a Dra. Juliana Reimão, que é professora de Parasitologia e orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde na Faculdade de Medicina de Jundiaí.

A investigação contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (projetos 18/18954-4 e 20/03399-5) e a colaboração de pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), em Minas Gerais, e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Os próximos passos do estudo incluem a avaliação dos demais compostos promissores em animais com toxoplasmose, tanto em fase aguda quanto crônica. A triagem de outras caixas fornecidas pela MMV também já foi realizada pelo grupo, totalizando mais de 600 compostos avaliados.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.

Fonte: Mônica Tarantino, Agência FAPESP. Imagem: Toxoplasma gondii. Fonte: Ke Hu e John M. Murray via Wikimedia Commons.

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