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Farmacêutico-Bioquímico realiza isolamento de células-tronco do cordão umbilical na maternidade da UFRN

Sangue do cordão umbilical é coletado imediatamente após o nascimento do bebê, de onde são obtidas as células-tronco

Freepik

Fonte

CFF | Conselho Federal de Farmácia

Data

quinta-feira, 11 julho 2019 11:55

Áreas

Hematologia. Células Tronco.

Com a contribuição voluntária do farmacêutico-bioquímico Dr. Gustavo Oliveira, do Laboratório de Hematologia do Hemonorte, a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), passou a realizar o isolamento de células-tronco do cordão umbilical, no momento do nascimento do bebê.

O serviço é ofertado pelo SUS por meio do Brasilcord, Rede do Ministério da Saúde vinculada ao Instituto Nacional de Câncer (INCA), em parceria com a maternidade da UFRN – que é vinculada à Rede Hospitalar Ebserh – e o Hemocentro do Ceará (Hemoce), que integra a rede de bancos públicos de cordão umbilical e, no Nordeste, é responsável pelo armazenamento do material.

Com mestrado e doutorado nas áreas de genética e biotecnologia e atuante há mais de dez anos na rede privada, o Dr. Gustavo Oliveira realiza esse tipo de procedimento há dois anos em crianças com doenças do sangue que fazem tratamento na Liga Contra o Câncer ou no Hospital Infantil Varela Santiago. “Recebi uma solicitação da Defensoria Pública da União para realizar o procedimento pelo SUS, através do BrasilCord”, explica.

Nesse tipo de procedimento, o sangue do cordão umbilical é coletado imediatamente após o nascimento do bebê, de onde são obtidas as células-tronco. De acordo com o Dr. Gustavo, após o parto natural ou cesária, o material é colhido e levado ao Laboratório de Hematologia do Hemonorte, onde é feita a estabilização destas células, e posteriormente é enviado ao Hemoce para a guarda do material em criopreservação, que é feita a 196 graus Celsius negativos.

Em 2019, o especialista já atendeu a cinco pacientes na MEJC-UFRN. “Os pacientes que me procuram para o serviço de isolamento das células tronco são encaminhados pela equipe de Onco-Hematologia Pediátrica da Liga Contra o Câncer ou do Hospital Infantil Varela Santiago. Geralmente, a gestante quer colher o sangue do cordão para que seja doado para outro filho portador de Leucemia”, destaca.

A aceitação dessa célula-tronco pelo organismo depende de compatibilidade, que é genética. “São cerca de oito regiões que a gente precisa avaliar e a MEJC é fundamental nesse processo, pois oferece toda ambiência necessária para realizar o procedimento de forma estéril”, completa. Segundo ele, a doação entre irmãos possui uma taxa de 47% de compatibilidade.

O material armazenado pode ser utilizado em transplante para pacientes com leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune. “Estamos aí fazendo esse trabalho, ainda de maneira voluntária, porque a gente não pode deixar uma criança dessas sem auxílio. Conhecendo a técnica, conhecendo o material, o Hemocentro do Ceará e o do Rio Grande do Norte e a Maternidade se dispuseram a participar, então a gente tem que contribuir”, acrescenta o especialista.

Para ser doadora a gestante tem que atender a critérios específicos. Dentre eles, deve ter entre 18 e 36 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, doenças neoplásicas (câncer) e ou hematológicas (anemias hereditárias, por exemplo).

Acesse a notícia completa na página do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

Fonte: CFF. Imagem: Freepik.

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