Notícia

Ferramenta gratuita simplifica pesquisa de câncer

Fonte

Instituto Karolinska

Data

sexta-feira, 20 dezembro 2019 15:40

Áreas

Desenvolvimento de Fármacos. Farmacologia. Oncologia. Proteômica.

Cada célula contém um grande número de proteínas, cada uma com uma função específica, por exemplo, como receptora de outra molécula ou enzima que catalisa reações químicas. Os distúrbios de tais mecanismos podem afetar seriamente uma célula e causar doenças como o câncer, nas quais a célula doente funciona de maneira fundamentalmente diferente de uma célula saudável. Portanto, é muito comum que um medicamento tenha uma proteína como alvo, seja inibindo ou estimulando sua produção ou absorção. Ao mesmo tempo, existem muitos medicamentos aprovados com um efeito comprovado em certas doenças, mas sem um alvo proteico conhecido. Para tais substâncias, diz-se que o mecanismo de ação é total ou parcialmente desconhecido.

Análises de proteínas e medicamentos

Os cientistas estão, portanto, interessados ​​em desenvolver um método relativamente simples, capaz de identificar quais proteínas são afetadas por um determinado medicamento. Alguns desses métodos já estão disponíveis, mas todos têm suas deficiências. Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, fizeram uso desses métodos para criar uma nova ferramenta chamada ProTargetMiner que fornece resultados mais confiáveis ​​e precisos.

Os pesquisadores desenvolveram seu método experimentando células de câncer de pulmão tratadas com 56 tipos diferentes de drogas. Para cada um dos medicamentos, eles primeiro calcularam a dose que elimina metade das células após 48 horas (CL50) e depois usaram essa dose para todos os medicamentos. Depois que metade das células morreu, eles examinaram o proteoma de cada célula (isto é, quais proteínas estão presentes e suas abundâncias) para determinar para quais proteínas os medicamentos se direcionaram. Em outros experimentos, eles testaram os medicamentos em outras células de tumores da mama e intestinal e tiraram conclusões sobre até que ponto os medicamentos são específicos ou gerais no direcionamento das células cancerígenas.

Os resultados desses experimentos estão descritos no banco de dados que os pesquisadores criaram, enquanto o método em si está detalhado no artigo publicado na revista científica Nature Communications. A idéia é que outros pesquisadores possam realizar experimentos semelhantes com outras drogas usando o mesmo modelo e, assim, expandir o banco de dados com mais proteínas-alvo para mais substâncias.

Resultados podem acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos

“Nós descobrimos que as células são mortas de diferentes maneiras por diferentes drogas”, diz o Dr. Roman Zubarev, professor de proteômica médica no Departamento de Bioquímica Médica e Biofísica do Instituto Karolinska. “Há pouco tempo, pensávamos que as células só podiam morrer de três maneiras – necrose, apoptose ou autofagia – mas agora observamos pelo menos treze maneiras diferentes pelas quais as células podem morrer. Esse método pode ajudar a acelerar certas partes do processo de desenvolvimento de novos medicamentos ou melhorar nossa compreensão sobre os medicamentos existentes ”, concluiu o Dr. Roman Zubarev.

Acesse a ferramenta ProTargetMiner (em inglês).

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Instituto Karolinska (em inglês).

Fonte: Anna Molin, Instituto Karolinska. Imagem: Divulgação.

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