Notícia

Genoma pode indicar novos alvos para imunoterapia contra o câncer

Muitos tratamentos de imunoterapia são baseados na inibição do gene PD1, que suprime a capacidade das células T de mobilizar e atacar tumores

Wikimedia Commons

Fonte

Universidade Yale

Data

quinta-feira, 29 agosto 2019 16:35

Áreas

Genoma. Oncologia. Imunoterapias.

A imunoterapia revolucionou o tratamento do câncer na última década, mas muitos tumores não respondem a essas novas terapias. Uma nova pesquisa de 20.000 genes humanos em células T em todo o genoma revelou vários novos candidatos para liberar a capacidade do sistema imunológico de atacar uma variedade de tipos de tumores, relatam  pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado no último dia 22 de agosto na revista científica Cell.

“A imunoterapia não é eficaz em todos os pacientes e 70% a 80% não respondem ao tratamento”, disse o Dr. Sidi Chen, professor de genética e autor sênior do estudo. “Perguntamos: por que não acessamos um gene de cada vez e vemos quais são responsáveis ​​pelo crescimento do tumor e podem ser alvos de novas terapias?”

Muitos tratamentos de imunoterapia são baseados na inibição do gene PD1, que suprime a capacidade das células T de mobilizar e atacar tumores de câncer. Essas terapias aumentaram dramaticamente a sobrevida de pacientes com alguns tipos de câncer, como melanoma e câncer de pulmão. No entanto, mesmo nesses cânceres, apenas 30% a 40% dos pacientes respondem à imunoterapia. Para a maioria dos tipos de câncer, as taxas de resposta são inferiores a 20% – e inferiores a 10% para alguns tumores mais agressivos.

A nova plataforma desenvolvida na Escola de Medicina da Universidade Yale utiliza a tecnologia de edição de genes CRISPR para eliminar genes individualmente em camundongos e verificar quais podem ter maior impacto na resposta do sistema imunológico a tumores. Um dos genes identificados na nova pesquisa, o DHX37, parece suprimir a resposta das células T CD8 de tumores em camundongos. Os pesquisadores mostraram que os animais criados para ter câncer de mama triplo negativo mostraram uma redução significativa de tumores quando o DHX37 foi editado a partir de seus genomas.

“Uma vez que eliminamos esse freio no sistema imunológico, as células T podem atacar intensamente os tumores”, explicou o Dr. Chen.

O pesquisador disse que seu laboratório está estudando vários outros genes identificados para avaliar seu impacto em vários tipos de tumores e desenvolvendo novos agentes imunoterapêuticos contra esses alvos.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Yale (em inglês).

Fonte: Bill Hathaway, Universidade Yale. Imagem: Micrografia eletrônica de varredura colorida de um linfócito T. Fonte: NIAID, Wikimedia Commons.

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