Notícia

“Glifons” verdes e o monitoramento em tempo real do metabolismo da glicose

Fonte

Instituto de Tecnologia de Tóquio

Data

terça-feira, 2 abril 2019 13:05

Áreas

Biomarcadores. Biologia Celular e Molecular.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Tóquio (Tokyo Tech), no Japão, desenvolveram com sucesso biossensores baseados em proteína fluorescente única para facilitar estudos de metabolismo energético em animais e aprofundar a compreensão da saúde e das doenças humanas. Os biossensores, chamados Glifons Verdes, são extremamente sensíveis a diferentes concentrações de glicose, uma fonte essencial de energia para o crescimento, proliferação e sobrevivência das células.

O Dr. Tetsuya Kitaguchi, do Laboratório de Química e Ciências da Vida do Tokyo Tech e seus colegas cientistas mostraram que os sensores alcançaram um aumento de sete vezes no brilho fluorescente em resposta à glicose. O estudo foi publicado na revista científica Analytical Chemistry.

Os especialistas dizem que sua conquista expande o kit de ferramentas para monitorar a dinâmica da glicose, permitindo que os biólogos celulares visualizem muitas moléculas em determinadas células de interesse ao mesmo tempo. “Muitos cientistas gostariam de imaginar múltiplas moléculas nas mesmas células usando diferentes indicadores de cor para estudar suas interações espaciais e temporais”, diz o Dr. Kitaguchi. “É por isso que precisamos de sensores que possam ser facilmente aplicados a imagens multicoloridas.”

Com base na sua experiência acumulada em projeto e desenvolvimento de biossensores, a equipe criou três tipos de Glifons capazes de visualizar uma gama muito grande de concentrações de glicose, de centenas de concentrações micromolares a dezenas de concentrações milimolares. Chamados Glifon50, Glifon600 e Glifon4000, os três sensores têm valores EC501 de 50 μM, 600 μM e 4.000 μM, respectivamente.

Eles então demonstraram que todos os três Glifons podem ser aplicados para visualizar a glicose em diferentes partes da célula, como o citoplasma, o núcleo e as mitocôndrias de células HeLa vivas.

No futuro, os Glifons Verdes poderiam ajudar no avanço da compreensão de várias doenças crônicas e relacionadas ao estilo de vida, incluindo diabetes e obesidade, já que elas estão relacionadas ao desequilíbrio da glicose. Muitos grupos de pesquisa estão agora investigando como os adoçantes artificiais, por exemplo, podem perturbar o metabolismo da glicose. “Ainda há muito a ser explorado, já que o efeito benéfico dos edulcorantes artificiais é um assunto em constante debate”, conclui o Dr. Kitaguchi.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Tecnologia de Tóquio (em inglês).

Fonte: Instituto de Tecnologia de Tóquio. Imagem: Divulgação, Instituto de Tecnologia de Tóquio.

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