Notícia

Guaco contribui no combate a bactérias resistentes

Pesquisa avaliou a atividade modulatória do óleo da Mikania cardifolia e do seu principal constituinte, o Limoneno, em combinação com antibióticos

Wanderlei do Amaral, Laboratório de Tecnologia Química da UFPR

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

quinta-feira, 30 abril 2020 11:15

Áreas

Bacteriologia. Farmacognosia. Química Medicinal.

O óleo de Mikania cordifolia, ou guaco, como é popularmente conhecida a planta, se mostrou eficaz para potencializar a ação de antibióticos, podendo evitar a necessidade do uso de dosagens muito altas dos mesmos. Os resultados do estudo, realizado pela Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e  Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio da Rede de Bioprospecção e Inovação na Floresta Atlântica (Rebiflora), foi publicado recentemente na revista científica Food and Chemical Toxicology.

O artigo é fruto da parceria de pesquisadores da UFPR com os professores Dr. Henrique Coutinho, da URCA, e Dr. José Maria Barbosa Filho, da UFPB, ambos pesquisadores de destaque na área de produtos naturais. “Coube ao nosso grupo de pesquisa [da UFPR] a prospecção química da espécie Mikania cordifolia, extração do seu óleo essencial e também a completa elucidação da composição química do componente volátil”, explica o professor e pesquisador Dr. Luiz Everson da Silva, docente do curso de Licenciatura em Ciências e do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável da UFPR Litoral.

A pesquisa avaliou a atividade modulatória do óleo da Mikania cardifolia e do seu principal constituinte, o Limoneno, em combinação com antibióticos. Os resultados indicam que o óleo, bem como seu principal constituinte, quando combinados com os antibióticos gentomicina, penicilina e norfloxacina, potencializam o efeito, evitando que doses mais altas dos medicamentos precisem ser empregadas.

“Esses dados sugerem que a atividade moduladora da M. cordifolia é dependente da ação isolada ou sinérgica de outros componentes presentes no óleo. Entretanto, estudos adicionais são necessários para caracterizar as propriedades antibacterianas e antibiótico-moduladores dos diferentes constituintes do óleo essencial obtido desta espécie”, explica o Dr. Luiz Everson.

O óleo essencial do guaco se mostrou ativo frente a cepas resistentes de Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Staphylococcus. Estas são bactérias que estão relacionadas com o sistema gastrointestinal dos seres humanos e animais e infecções oportunistas principalmente em indivíduos imunocomprometidos, portadores de HIV, câncer ou fibrose cística, ou ainda Infecção Relacionada à Assistência à Saúde.  O tratamento é de difícil controle devido ao padrão de resistência aos antimicrobianos.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFPR.

Fonte: Superintendência de Comunicação Social da UFPR. Imagem: guaco, planta nativa do Brasil e comum na mata-atlântica. Fonte: Wanderlei do Amaral, Laboratório de Tecnologia Química da UFPR.

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