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Hospital da Rede Ebserh lidera pesquisa de medicação para tratar depressão

Fármaco poderá chegar ao mercado em breve no Brasil, após autorização dos órgãos competentes

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Data

sábado, 28 setembro 2019 09:45

Áreas

Farmacologia. Neurociências. Psiquiatria. Estudo Clínico.

Uma medicação inédita pode mudar os rumos no tratamento de pacientes com depressão grave e risco iminente de suicídio. Trata-se de um medicamento em forma de spray nasal e com ação quase imediata. O Serviço de Psiquiatria do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e um dos 40 HUs vinculados à Rede Ebserh (Hupes/UFBA- Ebserh), há oito anos desenvolve pesquisas com a cetamina e seus derivados, uma droga até então usada como anestésico e analgésico.

A comunidade científica internacional reconhece a cetamina como uma das maiores revoluções em saúde mental das últimas décadas. Várias ramificações das pesquisas conduzidas no Hupes dizem respeito a tentativa de encontrar formas de cetamina acessíveis economicamente e com melhor tolerabilidade para o paciente. Além de já ter beneficiado centenas de pacientes, os resultados encontrados até o momento pelo grupo de pesquisa coordenado pelo psiquiatra e professor da UFBA, Dr. Lucas Quarantini, vem sendo apresentado em congressos nacionais, internacionais e revistas especializadas.

O Dr. Lucas Quarantini destaca que o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves e cujos tratamentos já falharam anteriormente no uso de outros antidepressivos. “Esse medicamento é considerado um avanço significativo na condução de tratamentos psiquiátricos. Com ele se criou uma nova classe de medicamentos: os antidepressivos de ação rápida”, explica o psiquiatra.

O fármaco poderá chegar ao mercado em breve no Brasil, após autorização dos órgãos competentes. Caso seja aprovado, seria o primeiro psicodélico utilizado no tratamento de doenças psiquiátricas com respaldo de autoridades sanitárias. O produto está em fase avançada de testes. De acordo com o psiquiatra, a eficácia em adultos já foi comprovada. Os estudos do Hupes agora concentram esforços em testar a medicação em pacientes entre 12 e 17 anos.

Outro ponto importante ressaltado apontado pelo professor Quarantini é o fato de que diversos hospitais e outras universidades aprenderam as técnicas de aplicação dessa opção de tratamento no Hupes. O grupo de pesquisa faz parte do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) e de pesquisas acadêmicas ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde da UFBA.

Acesse a notícia na página da Ebserh.

Fonte: Ebserh. Imagem: Divulgação.

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