Notícia
Implante sem fio autoalimentado entrega medicação e depois se dissolve
Como o implante é completamente absorvido pelo corpo assim que o regime de terapia medicamentosa for concluído, não há necessidade de removê-lo com cirurgia
Divulgação, Escola de Medicina da Universidade Northwestern
Fonte
Escola de Medicina da Universidade Northwestern
Data
sexta-feira, 7 abril 2023 17:05
Áreas
Biologia. Biomedicina. Biotecnologia. Engenharia Biomédica. Entrega de Medicamentos. Farmacologia. Química Medicinal.
Cientistas da Escola de Medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, desenvolveram um implante bioreabsorvível sem fio, autoalimentado, para administração programada de medicamentos, cujos detalhes foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
O implante, que se assemelha a um pequeno chip de computador, é carregado com um fármaco antes do implante. Quando exposto a uma pequena fonte de luz externa, o fototransistor sensível ao comprimento de onda do implante abre uma passagem, liberando um reservatório do medicamento no corpo.
Como o implante é completamente absorvido pelo corpo assim que o regime de terapia medicamentosa for concluído, não há necessidade de removê-lo com cirurgia.
Isso torna o novo implante ideal para o gerenciamento preciso de formas agudas de dor, disse o Dr. John Rogers, autor principal do estudo e professor de Ciência e Engenharia de Materiais, Engenharia Biomédica e Cirurgia Neurológica na Escola de Medicina e na Escola de Engenharia da Universidade Northwestern.
“Esta plataforma permite que um paciente ou um médico assistente cronometre com precisão a liberação e a dosagem de medicamentos de acordo com a necessidade específica – nos exemplos demonstrados, para bloqueio nervoso forte e reversível para alívio da dor”, disse o professor Rogers, que também é membro do Cancer Center da Universidade Northwestern. “Após o uso, o dispositivo se dissolve de forma natural e segura no corpo, evitando a necessidade de extração cirúrgica.”
No estudo, os cientistas testaram o dispositivo em camundongos. Uma vez ativado, o chip administrava analgésicos ao animal sem desencadear rejeição ao dispositivo.
O estudo foi resultado da colaboração entre as equipes de pesquisa da Universidade Northwestern e do Shirley Ryan Ability Lab, disse o Dr. Colin Franz, coautor do estudo e professor de Neurologia e de Medicina Física e Reabilitação.
“Este estudo e aplicação têm implicações para o tratamento preciso da dor, que à luz da epidemia de opioides é de grande importância para muitos pacientes e médicos. O bloqueio reversível do nervo é demonstrado neste estudo como uma alternativa segura e não viciante aos analgésicos administrados sistemicamente”, explicou o Dr. Colin Franz.
Avançando, os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Northwestern testarão ainda mais a segurança do implante antes de passar para os testes em humanos, disse a Dra. Yamin Zhang, pós-doutoranda no laboratório do professor John Rogers.
“Esta plataforma requer apenas fontes de luz externas para acionar um evento de entrega de medicamento programável, sem a necessidade de fontes de alimentação externas ou conexões com fio. Essa tecnologia pode ser utilizada com praticamente qualquer tipo de medicamento”, disse a Dra. Yamin Zhang. “Também permite vários eventos de liberação de medicamentos e controle preciso da administração de medicamentos, sem vazamento indesejado de medicamentos. O trabalho futuro incluirá o projeto de portas reutilizáveis que se abrem para liberar a droga após a ativação da luz e reservatórios de drogas recarregáveis para tratamentos crônicos”, concluiu a pesquisadora.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade Northwestern (em inglês).
Fonte: Olivia Dimmer, Escola de Medicina da Universidade Northwestern. Imagem: Divulgação, Universidade Northwestern.
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