Notícia

Moléculas sintéticas são capazes de direcionar drogas ao neuroblastoma

Fonte

Universidade Politécnica de Madrid

Data

segunda-feira, 27 maio 2019 13:15

Áreas

Oncologia. Desenvolvimento de Fármacos.

Uma equipe multidisciplinar de cientistas de diferentes centros de pesquisa da Comunidade de Madri, na Espanha, entre os quais vários hospitais, Universidade Politécnica de Madri (UPM) e Universidade Complutense de Madrid (UCM), desenvolveu moléculas sintéticas capazes de se ligar a células de neuroblastoma de forma específica. O desenvolvimento de sistemas como este, capazes de reconhecer células cancerígenas e de direcionar as drogas necessárias para eliminar o tumor, é um objetivo primordial para aumentar a eficácia da terapia e diminuir os temidos efeitos indesejáveis associados. Por enquanto, testes estão sendo conduzidos com camundongos, mas os pesquisadores esperam estudar sua aplicação em humanos dentro de 2 a 5 anos.

O neuroblastoma é um tipo muito agressivo de tumor pediátrico apresentando um prognóstico muito complicado quando detectado no estado metastático. O tratamento atual envolve a administração de agentes quimioterápicos, a fim de destruir as células cancerígenas e retardar a evolução da doença. Infelizmente, estas drogas não possuem especificidade para com as células malignas e podem produzir numerosos efeitos colaterais e alta toxicidade sistêmica, prejudicando significativamente as possibilidades de cura e a qualidade de vida dos pacientes. Com o objetivo de encontrar novas soluções para melhorar esta situação, várias organizações de pesquisa lançaram um estudo que já começou a mostrar resultados.

Durante o seu desenvolvimento, os pesquisadores têm sintetizado uma família de moléculas capazes de se ligar especificamente a uma proteína que está presente na membrana celular de mais do que 90% das células de neuroblastoma, o transportador da norepinefrina (NET). “Essas moléculas consistem de uma pequena estrutura central composta por aminoácidos naturais que atuam como suportes ou estruturas moleculares” explica o Dr. Alejandro Baeza, pesquisador da UPM que participou do projeto.

A efetividade dessas estruturas moleculares foi testada em camundongos portadores da doença, demonstrando sua capacidade de transportar tanto drogas quanto agentes de diagnóstico. Atualmente, o trabalho está sendo feito sobre a aplicação desta tecnologia para o transporte específico de drogas antitumorais em modelos de neuroblastoma semelhantes aos que aparecem em humanos, especificamente em modelos de camundongos transgênicos que sofrem neuroblastoma metastático espontâneo. Paralelamente, está sendo estudado o uso desses sistemas na melhoria das técnicas de diagnóstico clínico precoce da doença. “Esperamos que as informações obtidas com esses testes nos permitam estudar sua aplicação em humanos dentro de 2 a 5 anos”, concluem os pesquisadores.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Politécnica de Madrid (em espanhol).

Fonte: Universidade Politécnica de Madrid. Imagem: Neuroblastoma, Wikimedia Commons.

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