Notícia

Na Alemanha, pesquisadores criam ‘nanointerruptor’ que permite atacar tumores específicos

Startup iniciada na Universidade Técnica de Munique desenvolveu um ‘nanointerruptor’ que liga células imunes a células tumorais e pode facilitar o desenvolvimento de imunoterapias que visam tumores específicos com menos efeitos colaterais

Reprodução, Plectonic Biotech via TUM

Fonte

TUM | Universidade Técnica de Munique

Data

quarta-feira, 30 novembro 2022 14:30

Áreas

Biologia. Biomedicina. Biotecnologia. Farmacologia. Imunologia. Imunoterapia. Medicina de Precisão. Nanotecnologia. Oncologia. Química Medicinal. Saúde Pública.

A imunoterapia é considerada uma das abordagens mais promissoras para o tratamento do câncer no futuro. Esses tratamentos mobilizam o próprio sistema imunológico do corpo para atacar as células cancerígenas. Um objetivo importante é alcançar alta eficácia na resposta imune às células cancerígenas, minimizando os efeitos colaterais. Para enfrentar esse desafio, a startup Plectonic Biotech, liderada pelos fundadores Dr. Klaus Wagenbauer, Dr. Jonas Funke, Dr. Benjamin Kick e pelo professor Dr. Hendrik Dietz, da Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha, desenvolveu um ‘interruptor liga/desliga’ para imunoterapias de anticorpos.

A estrutura, em uma escala de apenas alguns nanômetros, pode se encaixar nas células dos dois lados. De um lado, os pesquisadores colocam anticorpos que podem ser usados para identificar células tumorais e se ligar aos tumores. Ao mesmo tempo, isso faz com que um interruptor seja acionado para ativar outros anticorpos anteriormente ocultos do outro lado. Estes são reconhecidos pelas próprias células imunológicas do corpo, que são assim recrutadas para combater as células cancerígenas.

Projetado com tecnologia de origami de DNA

“Com essa tecnologia podemos unir células cancerígenas e células imunes para que o sistema imunológico comece a lutar apenas quando uma célula tumoral for identificada. Nosso objetivo é reduzir a atividade no tecido saudável e, assim, obter menos efeitos colaterais nas imunoterapias”, disse o Dr. Klaus Wagenbauer. Diferentes anticorpos podem ser colocados no interruptor para atingir vários tipos de tumor. Devido à ‘lógica se/então’, a equipe nomeou o switch como LOGIBODY (antiBODY controlado por LOGIc).

A estrutura do LOGIBODY é feita de DNA. A equipe de pesquisa usou a vasta experiência com a tecnologia de origami de DNA na TUM. A Cátedra de Nanotecnologia Biomolecular deu importantes contribuições a esse método, no qual o DNA é usado como material de construção de ferramentas em nanoescala.

Assista ao vídeo que demonstra o conceito da tecnologia:

Tecnologias com potencial para inovação disruptiva

A startup agora planeja desenvolver novos medicamentos para várias doenças relacionadas a tumores em colaboração com empresas farmacêuticas. O objetivo da cooperação entre a ‘Agência Federal para Inovações Disruptivas’ (SPRIN-D) e a Plectonic Biotech é realizar os estudos necessários para o registro de novos medicamentos em pesquisa e iniciar um estudo clínico de Fase 1. O financiamento vem do Ministério Federal de Educação e Pesquisa e é fornecido como um empréstimo. A SPRIN-D, fundada em 2019, visa preencher uma lacuna no cenário de inovação alemão. Ela encontra tecnologias inovadoras, garantindo que o valor gerado pelas empresas e indústrias emergentes permaneça na Alemanha e na Europa.

Mario Brandenburg, Secretário Parlamentar de Estado para Educação e Pesquisa e membro do conselho supervisor da SPRIN-D, destacou: “A Plectonic, com sua abordagem terapêutica inovadora, é mais um excelente exemplo do papel da SPRIN-D no ecossistema de inovação: com a SPRIN-D, identificamos e apoiamos tecnologias com potencial para inovação disruptiva e as apoiamos através do ‘vale da morte’ desde a pesquisa fundamental até atingirem o mercado. Empresas como a Plectonic Biotech GmbH não recebem capital suficiente de investidores privados em seu nível de maturidade porque a aprovação de medicamentos, vendas e lucros não podem ser esperados por anos e o caminho para alcançá-los é arriscado e caro. Essa nova abordagem promissora, tão importante para muitos pacientes com câncer, deve ter a chance de gerar benefícios médicos e econômicos na Alemanha. É por isso que precisamos de instrumentos como o SPRIN-D.”

Acesse a notícia completa na Universidade Técnica de Munique (em inglês).

Fonte: Klaus Becker, Centro de Comunicação Comunicativa da Universidade Técnica de Munique. Imagem: conceito da tecnologia. Fonte: Reprodução, TUM.

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