Notícia
Nanocápsulas com óleo de copaíba ajudam a tratar inflamações pulmonares
O óleo de copaíba é amplamente utilizado pela medicina popular devido às suas atividades anti-inflamatórias, principalmente no manejo da bronquite e da asma
Mateusbotanica2020 via Wikimedia Commons
Fonte
UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Data
segunda-feira, 12 fevereiro 2024 16:25
Áreas
Bioquímica. Biotecnologia. Desenvolvimento de Fármacos. Doenças Pulmonares. Entrega de Medicamentos. Fitoterapia. Indústria Farmacêutica. Nanotecnologia. Produtos Naturais. Química Medicinal.
Produzir cápsulas de tamanho reduzido e úteis para o tratamento de inflamações pulmonares, com uso do óleo de copaíba em seu interior, é a mais nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A invenção recebeu o nome de Nanocápsulas poliméricas biocompatíveis contendo óleo de copaíba para tratamento de inflamações pulmonares e tem como autores Victor Moraes Rodrigues, Daniel Torres Pereira, Wógenes Nunes de Oliveira, Lucas Amaral Machado, Éverton do Nascimento Alencar e o Dr. Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito.
O óleo de copaíba é amplamente utilizado pela medicina popular devido às suas atividades anti-inflamatórias, principalmente no manejo da bronquite e da asma. O desafio dos cientistas foi driblar algumas características inadequadas — como viscosidade, odor e solubilidade — que comprometem seu uso. O grupo encontrou na forma de nanocápsulas a solução.
“Podemos defini-las como nanopartículas formadas por um núcleo oleoso revestido por uma membrana polimérica. Essas são capazes de modificar a maneira como os óleos naturais ficam disponíveis por diferentes mecanismos. Nessa possibilidade de alteração, conseguimos aumentar a capacidade de o óleo ser solúvel, situação que facilita sua absorção e permite uma liberação efetiva em diferentes tecidos, como o pulmonar”, explicou o professor Sócrates Tabosa do Egito, coordenador do grupo.
Fora a composição em si, outro componente importante é o tamanho da partícula: o perfil farmacocinético é afetado e o que o corpo faz com o fármaco ou o produto natural nesses casos é diferente. Portanto, fatores como o tempo de permanência da substância na corrente sanguínea e a sua estabilidade em fluidos orgânicos, como os compartimentos pulmonares, são alterados pela dimensão das cápsulas.
Na junção desses aspectos, o desenvolvimento do produto se destacou como uma alternativa promissora para levar o óleo à área a ser tratada e superar as desvantagens de seu uso in natura. É o que destacouVictor Moraes Rodrigues, à época aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCSA/UFRN), cuja dissertação rendeu como fruto o produto objeto do depósito de pedido de patente, solicitado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no mês de janeiro.
“O desenrolar da pesquisa teve como pressuposto que o óleo de copaíba é majoritariamente constituído por uma fração volátil rica em sesquiterpenos e uma fração não-volátil rica em diterpenos, como o β-cariofileno e o ácido copálico, respectivamente. Devido à presença destes componentes, ele apresenta diferentes atividades biológicas importantes, podendo-se destacar o efeito anti-inflamatório pulmonar, por exemplo, em condições patológicas como asma e bronquite. A partir disso, desenvolvemos a alternativa tecnológica para permitir a administração pulmonar direta no tratamento de inflamações pulmonares e que, por conseguinte, resultou na obtenção de um produto inovador nanotecnológico”, descreveu Victor Rodrigues.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Fonte: Wilson Galvão, Agir/UFRN. Imagem: Copaifera langsdorffii Desf., popularmente conhecido como copaíba, copaibeira e pau-de-óleo, é uma árvore pertencente à família das Fabaceae e a subfamília das Leguminosae. Fonte: Mateusbotanica2020 via Wikimedia Commons.
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