Notícia

Nova tecnologia permite estudo de risco de coinfecção de COVID-19

Pesquisadores devem testar as novas tecnologias de diagnóstico que podem ajudar a enfrentar os riscos duplos impostos pela COVID-19 e pela resistência antimicrobiana

Divulgação, Universidade de Dundee

Fonte

Universidade de Dundee

Data

sexta-feira, 8 maio 2020 14:10

Áreas

Biologia. Bioquímica. Biotecnologia. Doenças Infecciosas. Saúde Pública.

Pesquisadores da Universidade de Dundee, no Reino Unido, vão testar novas tecnologias de diagnóstico que podem ajudar a enfrentar os riscos impostos pela COVID-19 e pela resistência antimicrobiana.

A equipe, liderada pelo Dr. James Chalmers, professor de Pesquisa Respiratória da Universidade de Dundee, recebeu £ 287.000 (pouco mais de R$ 2 milhões) para desenvolver maneiras de diagnosticar rapidamente a coinfecção bacteriana e a resistência antimicrobiana em pacientes COVID-19.

As tecnologias que serão testadas incluem uma máquina de diagnóstico portátil que se conecta a um notebook através de uma conexão USB para diagnosticar infecção e resistência em pacientes hospitalizados. Os resultados do estudo são esperados dentro de alguns meses.

Embora a COVID-19 seja causada por um vírus, as diretrizes recomendam que os pacientes com COVID-19 confirmada recebam tratamento com antibióticos devido ao risco de os pacientes também poderem ter uma infecção bacteriana simultaneamente. Isso se baseia em experiências anteriores com influenza, nas quais uma grande proporção de fatalidades foi causada por co-infecção bacteriana. Os cientistas ainda não sabem se os pacientes com COVID-19 têm coinfecção bacteriana, mas estudos na China sugerem que isso pode acontecer.

Os métodos atuais para diagnosticar infecções bacterianas são de eficácia limitada e levam vários dias para fornecer resultados, o que significa que antibióticos de amplo espectro devem ser prescritos nesse meio tempo.

“Neste estudo, testaremos tecnologias que atualmente não são usadas para diagnosticar rapidamente coinfecção e resistência em pacientes com COVID-19. A tecnologia que estamos usando pode reduzir a espera por um teste de diagnóstico de 24 a 48 horas com os testes atuais para apenas algumas horas. Isso pode nos ajudar a dar um tratamento mais rápido e eficaz”, reforçou o professor Chalmers.

“Nenhum estudo [neste sentido] foi realizado até o momento. Nossa esperança é que ele forneça orientações nacionais durante a pandemia, além de fornecer informações valiosas sobre como devemos diagnosticar infecções pulmonares no futuro”, continuou o pesquisador.

A resistência antimicrobiana foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez principais ameaças à saúde global, o que significa que o desenvolvimento de métodos rápidos para diagnosticar infecções é essencial para os resultados dos pacientes e para reduz o risco de crescente resistência antimicrobiana.

A Dra. Hollian Richardson, cientista sênior do laboratório que trabalha no estudo, acrescentou: “Essa tecnologia tem o potencial de acelerar bastante o diagnóstico de pneumonia e contribuir para avançar no campo da resistência antimicrobiana.

“Dada a urgência do problema da COVID-19, os dados serão disponibilizados imediatamente através da publicação de nossos resultados, compartilhando com a Organização Mundial da Saúde e o governo escocês, à medida que estiverem disponíveis”, concluiu a Dra. Hollian Richardson.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Dundee (em inglês).

Fonte: Grant Hill, Universidade de Dundee. Imagem: Divulgação, Universidade de Dundee.

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