Notícia

Nova terapia revolucionária pode reduzir o colesterol e estabilizar placas associadas ao ataque cardíaco

Fonte

Universidade Monash

Data

quarta-feira, 23 março 2022 18:00

Áreas

Biomedicina. Cardiologia. Doenças Cardiológicas. Farmacologia. Hematologia. Saúde Pública.

Pesquisadores descobriram que uma nova terapia reduz a placa nas artérias e altera sua composição para que seja menos provável que se rompa e cause um ataque cardíaco, após um estudo clínico liderado pelo Victorian Heart Institute (VHI) da Universidade Monash, na Austrália.

O estudo HUYGENS tratou pacientes de alto risco durante um período de 12 meses e foi bem-sucedido de várias maneiras, combinando estatinas comumente usadas com um medicamento para baixar o colesterol chamado Evolocumabe, que já está disponível para os pacientes.

Usando um novo método de imagem, os pesquisadores foram capazes de visualizar uma mudança na biologia e composição da placa prejudicial às artérias após o tratamento, não apenas reduzindo seu tamanho, mas também tornando-a efetivamente um tecido cicatricial e estável.

O grau em que os resultados foram bem sucedidos foi diretamente relacionado ao quanto o colesterol ‘ruim’ do paciente foi reduzido.

A redução do colesterol é uma estratégia importante para ajudar a mitigar os fatores de risco, mas a nova terapia foi altamente eficaz na redução das taxas de colesterol para 0,7 mmol/L, que é menor do que as diretrizes clínicas atuais de valores menores ou iguais a 1,8 mmol/L sugeridas em primeira instância.

O estudo foi publicado na revista científica Journal of the American College of Cardiology: Cardiovascular Imaging.

A placa nos vasos sanguíneos consiste em colesterol, substâncias gordurosas, produtos residuais, cálcio e fibrina, substância formadora de coágulos. Ela normalmente se acumula nas paredes das artérias ao longo de muitos anos e pode entupir ou danificar estas artérias, o que pode limitar ou interromper o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.

O professor Dr. Stephen Nicholls, diretor do Victorian Heart Institute da Universidade Monash e líder do estudo HUYGENS, disse que o estudo diz aos médicos que eles precisam trabalhar o máximo que puderem para manter o colesterol o mais baixo possível: “É importante, após um ataque cardíaco, diminuir o colesterol o máximo possível e, com esta nova terapia, podemos reduzi-lo em uma extensão que nunca vimos antes, ao mesmo tempo em que estabilizamos a placa, diminuindo a probabilidade de romper-se. Esta é uma nova fronteira na terapia”, disse o professor Nicholls.

“Se você teve um ataque cardíaco, tem duas vezes mais chances de morrer prematuramente em comparação com a população em geral. Essas descobertas mostram que a redução e a estabilização da placa foram duplicadas para pacientes de alto risco que já sofreram um ataque cardíaco, tornando [a terapia] eficaz para aqueles que mais precisam”, concluiu o Dr. Stephen Nicholls.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).

Fonte: Universidade Monash. Imagem: Getty Images.

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