Notícia

Novo Centro para Terapia Celular da Universidade de Calgary oferece novas perspectivas de pesquisas em Medicina Regenerativa

Fonte

Universidade de Calgary

Data

terça-feira, 9 março 2021 15:05

Áreas

Biologia Celular e Molecular. Células-tronco.

Quando a maioria das pessoas pensa na regeneração celular e nos tratamentos médicos que essa tecnologia permite, suas mentes geralmente vão diretamente para a regeneração das células da pele em caso de queimaduras e outras lesões graves. Mas a medicina regenerativa vai muito além dos enxertos de pele.

A medicina regenerativa cobre tudo, desde a terapia com células-tronco até a reprogramação de células e edição de genes, e é uma grande promessa para o tratamento de doenças, desde diabetes ao mal de Parkinson.

A Universidade de Calgary, no Canadá, tem experiência em uma ampla gama de campos relacionados à regeneração celular. A Faculdade de Medicina Veterinária da universidade, sob a coordenação do Dr. Jeff Biernaskie, professor de Biologia e Medicina Regenerativa e especialista em regeneração de pele e cicatrização de feridas, tem conduzido pesquisas por anos para entender melhor como é o efeito regenerativo das terapias que podem ser usadas para melhorar a cura de lesões graves.

A Escola de Engenharia da Universidade de Calgary, sob o comando do Dr. Michael Kallos, professor do Departamento de Engenharia Química e de Petróleo e diretor da Iniciativa em Engenharia Biomédica da Universidade de Calgary, tem desenvolvido tecnologias para cultivar células-tronco de forma segura e reprodutível – sejam células da pele, células neurais ou células de qualquer outra parte do corpo.

Colegas de ambas as faculdades, bem como da Escola de Medicina de Calgary, têm colaborado em equipes transdisciplinares por muitos anos em uma ampla gama de projetos de células-tronco humanas e animais.

Tecnologia promissora, mas não sem seus desafios

Mas para o professor Michael Kallos e sua equipe, sempre houve um desafio: “Existem grandes lacunas na tradução das descobertas em medicina regenerativa do laboratório para aplicações clínicas envolvendo humanos e outros animais de grande porte. É difícil, sem examinar a terapia potencial em um grande modelo animal, prever com precisão se as terapias serão eficazes para doenças humanas, ao mesmo tempo que sejam seguras”, afirmou o pesquisador.

O cultivo de células pode ser uma coisa complicada – mesmo quando produzidas naturalmente. Às vezes, nossos corpos ainda erram, criando células cancerosas em vez de saudáveis. Portanto, ao cultivá-los em um laboratório, os pesquisadores devem ser extremamente cuidadosos para que as células-tronco que eles produzem sejam consistentes e permaneçam assim quando usadas em tratamentos – um grande desafio quando você pensa em quantas células podem ser necessárias.

O Dr. Jeff Biernaskie usa enxertos de pele como exemplo. Enxertos de pele projetados às vezes são necessários quando uma queimadura não é apenas grave, mas também grande. Ele diz que um enxerto de pele para tratar uma grande queimadura pode ser feito de bilhões de células da pele. Mas quando você está cultivando essas células em laboratório antes de montá-las em uma arquitetura de pele, como você garante que elas mantinham sua função original? Como garantir que um subconjunto de células não se torne anormal? Porque basta uma célula ruim para criar um grande problema para o corpo.

O Dr. Kallos e sua equipe desenvolveram métodos usando biorreatores controlados por computador que permitem o crescimento de células-tronco em um ambiente controlado e regulado. É uma tecnologia incrivelmente complexa que fornece um padrão para a fabricação de células-tronco em um ambiente estéril que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

Nova instalação exclusiva no Canadá

No início de março, os pesquisadores e suas equipes interdisciplinares receberam US$ 1,8 milhão da Canada Foundation for Innovation  para a criação do Center for Cell Therapy Translation (C2T2).

O C2T2 irá alavancar a experiência única da Universidade de Calgary em medicina de animais de grande porte e infraestrutura existente para cirurgia e alojamento em animais de grande porte, para permitir uma avaliação rigorosa de terapias regenerativas farmacológicas ou baseadas em células em animais de grande porte que melhor representam as doenças humanas. Essencialmente, isso fornece aos pesquisadores um ambiente de laboratório para testar novos tratamentos em animais que melhor representam os humanos antes de testá-los em um ambiente clínico. Isso inclui tratamentos para osteoartrite, doenças cardíacas, diabetes e cicatrização de feridas.

“Esta nova instalação é incrivelmente única. Combinar o conhecimento da Escola de Engenharia em Engenharia Biomédica com a experiência com animais de grande porte da Escola de Medicina Veterinária e a experiência Escola de Medicina em células-tronco cria um ambiente para pesquisa que não pode ser feito em nenhum outro lugar no Canadá”, concluiu o Dr. Michael Kallos.

Acesse a notícia completa  na página da Universidade de Calgary (em inglês).

Fonte: Karen Garth, Escola de Medicina Veterinária da Universidade de Calgary. Imagem: Três dos membros da equipe C2T2: Dra. Holly Sparks (à esquerda), Dr. Jeff Biernaskie (ao centro)  e Dr. Vincent Gabriel. Fonte: Rahil Tarique, Universidade de Calgary.

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