Notícia

Novo método ajuda a determinar quais medicamentos as mães que amamentam podem tomar

Pesquisadores abordam lacuna significativa na pesquisa de medicamentos maternos

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Fonte

Universidade de Waterloo

Data

quarta-feira, 2 agosto 2023 13:55

Áreas

Biologia. Bioquímica. Farmácia Clínica. Farmacocinética. Farmacologia. Fisiologia. Modelagem Matemática. Química Medicinal. Toxicologia.

Pesquisadores da Escola de Farmácia da Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveram uma nova métrica para ajudar profissionais de saúde a aconselhar sobre o uso de medicamentos maternos para mães que amamentam.

A amamentação durante o uso de medicamentos é frequentemente questionada, com os médicos pecando por excesso de cautela e aconselhando as mães que amamentam a não usar medicamentos. No entanto, considerações sobre o uso de medicamentos durante a amamentação podem interromper a importante terapia medicamentosa da própria mãe ou levar à descontinuação da amamentação.

“As informações limitadas sobre o uso de medicamentos durante a lactação criaram uma lacuna de conhecimento significativa que afeta diretamente uma população vulnerável devido à exclusão de lactantes e bebês do processo de desenvolvimento de medicamentos”, disse a Dra. Cindy Yeung, principal autora do artigo publicado recentemente na revista científica Frontiers in Pediatrics.

A Dra. Cindy Yeung e seus colegas desenvolveram uma nova métrica usando modelagem matemática para ajudar os profissionais de saúde na prescrição de medicamentos para quem amamenta seus bebês.

“Desenvolvemos a nova métrica Upper Area Under the Curve Ratio (UAR) usando modelagem farmacocinética com base fisiológica (PBPK) para ajudar uma população que muitas vezes é deixada de fora da pesquisa científica”, disse a Dra. Cindy Yeung.

A modelagem PBPK simula uma pessoa virtual e representa como uma droga se move no corpo por meio de funções matemáticas. Por meio dessa modelagem, os pesquisadores podem entender quanto do medicamento está presente no leite materno e se será transferido para o bebê.

A métrica UAR incorpora os principais fatores que faltam nas métricas atuais para definir o risco para o lactente: a anatomia e fisiologia do lactente, alterações relacionadas à idade no volume de leite materno consumido e a variabilidade na exposição do lactente. Uma fonte de variabilidade é o farmacogenótipo – uma variante genética que pode levar a uma capacidade aumentada ou diminuída da mãe ou do bebê de excretar a droga.

“A métrica UAR usa uma dose estimada de droga do leite materno que é então dada a bebês virtuais para avaliar prováveis exposições a drogas e para identificar características dessas crianças que podem estar em risco aumentado para altas exposições. Isso aproxima os pesquisadores da compreensão da resposta ou dos efeitos adversos que você pode observar em bebês”, disse a Dra. Yeung.

Ao implementar a métrica UAR nos recursos informacionais existentes, os profissionais de saúde terão mais confiança para aconselhar sobre o uso de medicamentos maternos informados por evidências, com o potencial de impactar diretamente a qualidade de vida da dupla mãe-bebê.

O trabalho da Dra. Cindy Yeung foi financiado principalmente pelos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde (CIHR). Pesquisas adicionais nesta área estão sendo conduzidas pela Dra. Andrea Edginton, diretora da Escola de Farmácia da Universidade de Waterloo; pelo Dr. Santosh Suryavanshi, pesquisador da Escola de Farmácia e pela Dra. Paola Mian, farmacêutica clínica e farmacologista-pesquisadora na Universidade de Groningen, nos países baixos.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Waterloo (em inglês).

Fonte: Universidade de Waterloo. Imagem: Freepik.

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