Notícia
Novo teste de DNA no sangue pode permitir tratamento personalizado de pacientes com câncer
Teste rápido e eficaz para monitorar a resposta ao tratamento de um paciente com câncer revolucionaria o gerenciamento do tratamento e os cuidamos mais adequados
Pixabay
Fonte
Universidade Flinders
Data
segunda-feira, 5 julho 2021 06:25
Áreas
Biomedicina. Diagnóstico. Medicina Personalizada. Oncologia.
Um exame de sangue para ajudar a orientar o tratamento de cânceres de esôfago, estômago e intestino será avaliado em um novo estudo da Universidade Flinders, na Austrália.
A pesquisa se baseia em uma colaboração bem-sucedida entre a Universidade Flinders, o CSIRO – órgão nacional de apoio à pesquisa científica na Austrália – e a empresa de biotecnologia Clinical Genomics, que desenvolveu um exame de sangue para câncer de intestino. O exame de sangue é oferecido atualmente com a marca registrada COLVERA nos Estados Unidos, como uma ferramenta para auxiliar na detecção de recidiva do câncer após o tratamento.
O novo investimento na pesquisa é baseado em pesquisas adicionais apoiadas pela Flinders Foundation, que mostraram que o teste usado para câncer de intestino também pode ser usado para detectar cânceres de esôfago e estômago.
Agora, uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade Flinders expandirá os estudos clínicos para determinar se o teste pode ser usado em novas indicações, como monitoramento do tratamento de cânceres gastrointestinais. Juntos, os cânceres gastrointestinais de esôfago, estômago e intestino representaram o segundo grupo de câncer mais comum na Austrália em 2020.
A Dra. Erin Symonds, pesquisadora principal e professora da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade Flinders, afirmou que um teste rápido e eficaz para monitorar a resposta ao tratamento de um paciente com câncer revolucionaria a forma como gerenciamos e cuidamos dos pacientes afetados.
“Atualmente, não existe um teste simples e sensível que informe o quão bem um paciente está respondendo ao tratamento, seja ele quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Os pacientes são tratados de acordo com a convenção médica existente ou o câncer precisa ser detectado por um exame, momento em que alterar as opções de tratamento pode ser tarde demais”, destacou a professora Erin Symonds.
“E não é apenas ser capaz de mudar os tratamentos que é importante para salvar vidas. Se um paciente está respondendo bem ao tratamento, um resultado de teste pode significar evitar uma cirurgia arriscada ou, pelo menos, trazer esperança para o paciente de que o tratamento está no caminho certo”, continuou a pesquisadora.
O teste funciona detectando um tipo particular de alteração no DNA que é específico do câncer, que pode ser liberado na corrente sanguínea. O teste de DNA demonstrou em vários estudos clínicos ser melhor do que o exame de sangue que é usado atualmente por médicos em hospitais.
“Nossa pesquisa mostrou que o teste de DNA de sangue é duas vezes mais sensível do que o exame de sangue clínico padrão que está em uso e, portanto, pode oferecer a capacidade de indicar se o curso de ação está realmente funcionando no início do plano de tratamento. Dependendo dos resultados, os médicos, juntamente com seus pacientes, serão capazes de tomar decisões informadas sobre a estratégia de tratamento certa, garantindo uma abordagem mais personalizada ao tratamento que levará a uma melhor sobrevida e bem-estar”, explicou a professora, que disse que o objetivo é levar o teste aos hospitais e clínicas de tratamento o mais rápido possível.
“Se nosso estudo for bem-sucedido, ele permitirá o ajuste personalizado do tratamento, terá um impacto significativo na qualidade de vida de pacientes com câncer recém-diagnosticados e melhorará os resultados de sobrevida, ao mesmo tempo que gerará economia de custos para o tratamento do câncer”, concluiu a Dra. Erin Symonds.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Flinders (em inglês).
Fonte: Universidade Flinders. Imagem: Pixabay.
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