Notícia

Novo tipo de curativo é feito com abacaxi híbrido

Matéria-prima promete cicatrização mais eficiente utilizando um viés sustentável

Divulgação

Fonte

FAPESB | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia

Data

quinta-feira, 22 agosto 2019 07:45

Áreas

Biotecnologia. Inovação. Biopolímeros.

Uma descoberta recente demonstra como o ecossistema pode auxiliar na cicatrização de ferimentos. A Dra. Sandra de Assis, graduada em farmácia bioquímica e com doutorado em biotecnologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), e atualmente professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) produz, em conjunto com seu grupo de pesquisa, filmes de polímeros com extrato de abacaxis híbridos, que ajudam a hidratar e cicatrizar mais rápido as feridas cutâneas.

A Dra. Sandra explica que a ideia surgiu após ter se deparado com reportagens em telejornais sobre a falta de materiais cicatrizantes. “Este filme polimérico, similar a uma fita, quando posicionado em cima de uma lesão na pele, protege o ferimento. É neste microambiente higienizado, que, somado ao uso de anti-inflamatórios e antibacterianos, a ferida pode cicatrizar mais rápido”, afirmou. Além disso, a pesquisadora ressalta que a cicatrização de feridas é um processo complexo que envolve múltiplas etapas, e, por isso, ter um ambiente favorável para que a região possa se recuperar é fundamental.

A matéria-prima é produzida da seguinte forma: através da polpa do abacaxi é extraída uma enzima chamada bromelina – que possui ação anti-inflamatória – que é incorporada em nanopartículas ou lipossomas que compõem película cicatrizante. Um estudo realizado em animais para medir a eficácia do produto constatou que as feridas foram reduzidas por volta do décimo quarto dia após a aplicação. Dessa forma, é possível perceber como o acréscimo da bromelina em filmes curativos possui potencial cicatrizante.

A pesquisadora alega que outro diferencial do produto diz respeito ao cunho sustentável, visto que utiliza uma matéria-prima que poderia ser descartada no meio ambiente. O projeto se encontra em fase de testes em animais e, quando for concluído, promete trazer uma espécie de curativo mais eficiente em comparação aos que já existem no mercado. Segundo ela, há também a produção de películas cicatrizantes sendo preparadas com polissacarídeos de ação antimicrobiana, através de leveduras do solo do semiárido baiano.

O trabalho contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (FAPESB), além do apoio, com o fornecimento dos frutos, pela Embrapa Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Acesse a notícia completa na página da FAPESB.

Fonte: Ascom/FAPESB. Imagem: Divulgação.

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