Notícia

Pesquisa do IFCE busca auxiliar pessoas com perda de visão no uso de medicamentos

Estudo, que prevê o uso de aplicativo para ajudar na identificação correta dos medicamentos, ganhou prêmio internacional

Divulgação, IFCE

Fonte

IFCE | Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Data

sexta-feira, 19 fevereiro 2021 11:05

Áreas

Inclusão Social. Saúde Pública.

Se, para quem tem a visão normal, muitas vezes é difícil identificar as informações pertinentes a um medicamento, esse desafio ganha um aspecto muito maior para quem tem algum tipo de perda visual. Essa realidade pode pôr em risco a eficácia do tratamento e, por consequência, a saúde do paciente. Pesquisa desenvolvida no Instituto Federal do Ceará (IFCE) tem o objetivo de ajudar a mudar essa situação.

O trabalho gerou a publicação intitulada “Design and evaluation of mobile sensing technologies for identifying medicines by people with visual disabilities“, que recentemente ganhou o prêmio de melhor artigo da revista científica International Journal of Pervasive Computing and Communications.

A ideia central da pesquisa, que consiste no uso de um aplicativo móvel, foi batizada com o nome de ‘Doctor Coach‘. Através da solução, um paciente com limitações de visão pode utilizar-se da tecnologia para cadastrar as informações de um medicamento prescrito e ser alertado, através de notificações do aplicativo, sobre os horários de utilização.

A concepção do primeiro protótipo surgiu durante um momento de brainstorming de uma oficina de inovação em saúde, com um grupo de quatro estudantes de computação, um professor com conhecimentos em tecnologia assistiva e uma profissional da área de oftalmologia, que buscavam produzir soluções que transformassem a relação médico-paciente aumentando a independência e aderência do paciente ao tratamento de prevenção a cegueira.

O estudo foi desenvolvido dentro do Núcleo de Tecnologia Assistiva do IFCE, na época como uma ação decorrente de um edital de pesquisa do CNPq, com o envolvimento direto de dois alunos (agora ex-alunos) do curso técnico de informática do Campus Fortaleza, Lucas Simão e Ícaro Rodrigues. Os pesquisadores e alunos levaram em conta que, mesmo com a recomendação de que as embalagens dos medicamentos tenham formatos e cores diferentes e apresentem informações básicas em Braille ou outras formas de acesso à informação, muitos pacientes com deficiência visual ainda necessitam da ajuda de terceiros para identificar suas medicações ou mesmo, quando não recebem tal auxílio, acabam por usar medicamentos de forma incorreta por não conseguirem distingui-los corretamente.

Como funciona?

Tanto o usuário quanto um cuidador podem cadastrar e identificar o fármaco a ser consumido com a aplicação: Usando as tecnologias QR-Code, NFC (Comunicação por campo de proximidade, ou Near-field Communication) e Campo Magnético (através de imãs de neodímio) o software faz o cadastro dos dados desejados (como nome, dosagem, horário e bula popular, por exemplo). Assim, quando o aplicativo é iniciado após a instalação, o usuário deve cadastrar o conjunto de etiquetas NFC, ou QR-Code ou o conjunto de imãs para identificação do usuário para ser reconhecido pelo smartphone. Assim, ocorre o lançamento das informações e gera-se um banco de dados com os medicamentos cadastrados.

A função de gravação de áudio permite aos usuários gravar uma mensagem de voz que descreve o medicamento selecionado – arquivo que é armazenado na memória local, pois o app trabalha independente de internet. O ‘Doctor Coach’ também permite que o usuário cadastre o horário e a frequência em que deve consumir o medicamento, dando uma notificação (alarme) no dispositivo quando a hora correta chegar.

“O aplicativo possui 3 formas diferentes para reconhecer os medicamentos: usando o QrCode, usando NFC e usando imãs. Ou seja é um aplicativo com 3 formas diferentes de reconhecimento do medicamento. E no artigo avaliamos a usabilidade de cada uma das possibilidades com usuários com deficiência visual”, disse o professor Agebson Façanha, responsável pela pesquisa.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do IFCE.

Fonte: Dowglas Lima, Comunicação Social da Reitoria do IFCE.

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