Notícia
Pesquisa indica potencial de membranas com própolis vermelha para tratar lesões
Estudo se encontra na fase 2 da avaliação clínica em pacientes internados no HGE, em Alagoas
Divulgação, UFAL
Fonte
UFAL | Universidade Federal de Alagoas
Data
sexta-feira, 3 junho 2022 14:35
Áreas
Dermatologia. Fitoterapia. Química Medicinal. Saúde Pública.
São diversos os benefícios terapêuticos da própolis vermelha de Alagoas. O material é estudado por pesquisadores brasileiros e do exterior. Na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), também são várias as pesquisas que se dedicam a encontrar maneiras de utilizar as propriedades deste bioproduto tipicamente alagoano em tratamentos principais ou coadjuvantes.
No Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF) da UFAL, o professor Dr. Irinaldo Diniz lidera um estudo sobre o uso da própolis vermelha na produção de uma membrana para tratar feridas na pele. Conhecidas por escaras ou lesões por pressão, são um sério problema de saúde pública, pois prolongam o tempo de tratamento e interferem diretamente na qualidade de vida. Pacientes acamados, cadeirantes ou imobilizados por muito tempo são os grupos com mais chances de desenvolvê-las.
“As lesões por pressão são feridas decorrentes de isquemia tecidual local provocada pela alteração de reflexo de dor em pacientes com lesão medular, debilitados, idosos ou cronicamente doentes” esclareceu o professor Irinaldo. Ainda de acordo com o pesquisador, esse tipo de lesão “acomete, em média, 29% dos pacientes hospitalizados, segundo dados do Ministério da Saúde”.
A pesquisa realizada na UFAL busca otimizar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com a expectativa de auxiliar o tratamento com os fármacos convencionais, liberando leito, reduzindo tempo e custos. “Neste momento, o projeto se encontra na fase de intervenção, prospectiva, randomizada e controlada, em que serão avaliados 60 pacientes com úlceras decorrentes de lesões por pressão, internados e atendidos pelo Serviço de Atenção à Pele de Feridas (SAPF) do Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela (HGE), localizado em Maceió”, informou o professor.
Auxílio na regeneração rápida e efetiva do tecido
O Dr. Irinaldo Diniz explicou que as membranas enriquecidas com própolis vermelha são desenvolvidas a partir de matrizes poliméricas reabsorvíveis, que auxiliam na regeneração rápida e efetiva do tecido cutâneo: “Elas possibilitam a absorção de exsudato, mantém alta umidade entre ferida e curativo, permite trocas gasosas e representa uma barreira física contra microrganismos”.
O professor reforçou que as membranas são “filmes biorreabsorvíveis e representam uma alternativa viável, pois além de não enfrentarem o risco de rejeição, atuam na interface com os tecidos receptores, interagindo com eles”.
Ainda de acordo com o pesquisador da UFAL, “a associação das matrizes poliméricas com fármacos cicatrizantes podem potencializar a atividade na regeneração tecidual”. E ressaltou: “Neste sentido, a própolis vermelha vem se destacando na medicina popular e atrai muita atenção por suas aplicações na prática médica, graças às suas propriedades antifúngicas, antibacterianas, antiprotozoárias, entre outras”.
Entre os tantos potenciais no tratamento estudado na UFAL, o pesquisador Irinaldo Diniz também destacou “a grande repercussão no campo psicossocial e do bem-estar do indivíduo acometido com essas lesões, além da contribuição para o acesso mais fácil e democrático da população a tratamentos alternativos e complementares pelo Sistema Único de Saúde”.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Alagoas.
Fonte: Thâmara Gonzaga, UFAL. Imagem: Divulgação, UFAL.
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