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Pesquisa indica que pacientes atendidos em serviços de urgência estariam dispostos a tomar a vacina contra a gripe: basta perguntar
Pesquisadores disseram que abordagem sistemática pode fazer com que mais pessoas recebam a vacina contra a gripe, especialmente aquelas cujos cuidados de saúde primários ocorrem em serviços de urgência
Simplesmente pedir aos pacientes que tomem a vacina contra a gripe, e combinar essa ação com vídeos úteis e mensagens impressas, é suficiente para persuadir muitos que utilizam os serviços de urgência em hospitais para que tomem a vacina, de acordo com um novo estudo liderado pela Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF), nos Estados Unidos.
Os pesquisadores identificaram uma adesão à vacina de 32% em pacientes que foram questionados se estariam interessados em tomar a vacina contra a gripe e que disseram que os seus prestadores de cuidados de saúde seriam informados. Os pesquisadores também observaram uma adesão de 41% daqueles que foram questionados sobre tomar a vacina contra a gripe e que também receberam um panfleto, assistiram a um vídeo de três minutos de um médico com origem étnica semelhante discutindo a vacina e que foram informados pessoalmente sobre os benefícios da vacina.
O estudo foi publicado recentemente na revista científica NEJM Evidence.
Os pesquisadores disseram que esta abordagem sistemática pode fazer com que mais pessoas recebam a vacina contra a gripe, especialmente aquelas cujos cuidados de saúde primários ocorrem em serviços de urgência.
Gripe pode ser fatal
A gripe provoca uma mortalidade considerável nos Estados Unidos – as taxas de mortalidade anuais rondam normalmente as dezenas de milhares, especialmente quando há a combinação de gripe e pneumonia – mas a vacinação é particularmente baixa entre as populações mais pobres e negligenciadas e aquelas cujos cuidados primários ocorrem nos serviços de urgência. Esses pacientes muitas vezes enfrentam hesitação geral em relação à vacina ou falta de oportunidades para tomar a vacina contra a gripe.
“Esta pesquisa surgiu do nosso desejo de abordar as disparidades de saúde que vemos todos os dias em nosso departamento de urgência e emergência, especialmente entre pessoas sem-teto, populações sem seguro e imigrantes”, disse o Dr. Robert Rodriguez, primeiro autor do estudo e professor de Medicina de Emergência na Escola de Medicina da UCSF.
Os pesquisadores criaram mensagens sobre a vacina contra a gripe – incluindo um breve vídeo, um panfleto e uma pergunta escrita pelo profissional de saúde: “Você estaria disposto a aceitar a vacina contra a gripe?” – e avaliaram sua eficácia entre quase 800 pacientes em cinco cidades dos EUA: San Francisco, Houston, Filadélfia, Seattle e Durham, na Carolina do Norte. A idade média dos [pacientes] participantes era de 46 anos. Mais de metade dos participantes no estudo eram negros ou latinos, 16% não tinham seguro de saúde, quase um terço não tinha cuidados primários e 9% eram sem-teto ou viviam em habitações extremamente inadequadas. Estas características demográficas são semelhantes às populações de pacientes frequentemente atendidas por departamentos de urgência e emergência urbanos.
Os pesquisadores projetaram o estudo clínico para abranger uma única temporada de gripe entre outubro de 2022 e fevereiro de 2023.
“No geral, nosso estudo contribui para o crescente corpo de conhecimento que mostra que uma série de intervenções importantes de saúde pública podem e devem ser entregues às populações carentes em urgências e emergências”, disse o Dr. Robert Rodriguez, cuja pesquisa anterior descobriu a eficácia de fornecer soluções semelhantes em casos de COVID-19.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade da Califórnia em San Francisco (em inglês).
Fonte: Elizabeth Fernandez, UCSF. Imagem: Freepik.
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