Notícia

Pesquisadores desenvolvem acessório pra microscópios ópticos que permite observar dentro das células

Fonte

Universidade de Tóquio

Data

segunda-feira, 22 julho 2019 15:05

Áreas

Biomedicina. Biotecnologia. Física Médica.

Pesquisadores agora podem ver as moléculas dentro das células usando microscópios ópticos padrão. Tradicionalmente, os microscópios ópticos só podiam revelar a forma de grandes estruturas dentro das células, e não a distribuição de moléculas.

A atualização do microscópio é uma unidade conectável que os pesquisadores chamam de “unidade de contraste molecular”, que contém uma fonte de luz laser infravermelha. Nenhuma preparação especializada das células é necessária, como por exemplo a rotulagem com corantes fluorescentes.

A nova unidade de contraste molecular permite que microscópios de luz padrão “vejam” onde moléculas específicas estão na célula, procurando a vibração, ou sinal de calor, da molécula desejada. O laser fornece energia extra às moléculas-alvo e faz com que elas vibrem. Moléculas diferentes podem ser selecionadas usando diferentes comprimentos de onda de luz laser infravermelha.

“Acreditamos que o conceito de atualização de microscópios ópticos padrão existentes e difundidos para se tornarem sensíveis a moléculas expandirá a capacidade de pesquisa de vários usuários finais”, disse o professor Dr. Takuro Ideguchi, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Fótons da Universidade de Tóquio, no Japão.

Outros métodos para ver os detalhes das moléculas dentro das células sem adicionar corantes especiais já existem, mas eles exigem microscópios especializados e caros ou usam luz de alta intensidade que pode danificar as células. Por exemplo, esses métodos incluem espectroscopia de espalhamento Raman e absorção no infravermelho.

“Observação microscópica molecular livre de marcadores e sem danos, que atende a uma necessidade importante no campo biomédico, deve ser útil para a observação da liberação intracelular de drogas, avaliação da qualidade de células e tecidos regenerativos e outras funções essenciais de pesquisa”, argumentou o Dr.  Ideguchi. “Além disso, como nosso método traduz o aquecimento local da amostra para o contraste molecular, [a unidade] também pode servir como uma ferramenta para sondar os parâmetros térmicos locais dentro das células biológicas”, acrescentou o pesquisador.

“Ficamos satisfeitos em visualizar a distribuição de proteínas em células biológicas. A proteína pareceu se concentrar em torno dos núcleos das células, o que poderia representar a existência de algumas estruturas intracelulares [envolvidas na síntese e transporte de proteínas], como o retículo endoplasmático e Aparelho de Golgi “,  concluiu o Dr. Takuro Ideguchi.

Os resultados do estudo foram publicados na revista Scientific Reports.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Tóquio (em inglês).

Fonte: Universidade de Tóquio. Imagem: Takuro Ideguchi.

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