Notícia
Pesquisadores desenvolvem creme cicatrizante à base de acerola
Com custo reduzido, creme se mostrou três vezes mais eficiente que produtos já presentes no mercado
VitorGarcia029 via Pixabay
Fonte
Agência UFC
Data
domingo, 26 março 2023 19:15
Áreas
Bioquímica. Biotecnologia. Dermatologia. Desenvolvimento de Fármacos. Farmacologia. Fitoterapia. Indústria Farmacêutica. Química Medicinal.
Uma das campeãs em teor de vitamina C, fibras e minerais, a acerola é querida por muitos no Brasil, atualmente o maior exportador da fruta para o mundo, sendo o Nordeste a região mais proeminente nessa indústria. Além das vantagens como alimento, a acerola figura como matéria-prima no desenvolvimento de produtos medicinais, justamente por conta de suas propriedades benéficas.
Um desses produtos, criado por pesquisadoras da Universidade Federal do Ceará (UFC), é um creme cicatrizante que utiliza a acerola como base, invento que rendeu à Instituição sua mais nova carta patente. Em testes de laboratório, feitos inicialmente em modelos animais, o creme apresentou resultados superiores a outros compostos já presentes no mercado.
Fator importante para a eficácia do creme é justamente a forte presença de vitamina C na acerola, por conta de seu papel na defesa contra danos celulares, também auxiliando em respostas anti-inflamatórias, contribuindo para o bom funcionamento das células e fortalecendo o sistema imunológico.
Além disso, a fruta é rica em compostos do tipo fenólicos, grupo de antioxidantes que cumprem funções importantes no organismo, por conta de seu potencial anti-inflamatório, antimicrobiano e anticarcinogênico.
A cor vermelha da acerola, inclusive, não é à toa, mas um resultado da presença de compostos fenólicos (especificamente a antocianina) que fazem parte do grupo dos flavonoides, pigmentos naturais comuns em diversas frutas e espécies em geral do reino vegetal.
Para aproveitar essas características benéficas da acerola, as pesquisadoras da UFC utilizaram a polpa da fruta de forma liofilizada (processo de desidratação e congelamento que conserva o produto) para a preparação do creme cicatrizante.
“As análises realizadas na polpa liofilizada de acerola revelaram alta atividade antioxidante e elevados teores de vitamina C, carotenoides, polifenóis, especialmente antocianinas e quercetina, além dos minerais cálcio, fósforo e ferro”, explicou a Dra. Erika Freitas Mota, do Departamento de Biologia (Centro de Ciências) da UFC e coorientadora da pesquisa que gerou o creme.
A patente é fruto de tese de doutorado desenvolvida pela pesquisadora Neuza Felix Gomes Rochette, à época no Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, com orientação da professora Dra. Dirce Fernandes de Melo, aposentada do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFC.
Acesse a notícia completa na página da Agência UFC.
Fonte: Kevin Alencar, Agência UFC.
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