Notícia
Pesquisadores estudam potencial antiviral contra o vírus Chikungunya
Estudo de pesquisadores da UFAL recebeu premiação internacional
Divulgação, UFAL
Fonte
UFAL | Universidade Federal de Alagoas
Data
sábado, 7 março 2020 12:30
Áreas
Imunologia. Química Medicinal.
O composto codificado por GP-07, estudado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), apresentou “baixa toxicidade em ensaios de viabilidade celular e diminuição significativa na percentagem de células infectadas com o vírus Chikungunya”. Isso quer dizer que este composto pode se revelar um potencial antiviral frente ao vírus Chikungunya. O estudo está sendo realizado por pesquisadores do Laboratório de Química Medicinal e do Grupo de Pesquisa em Regulação da Resposta Imune (Imunoreg), ligado ao Laboratório de Pesquisas em Virologia e Imunologia (Lapevi) da UFAL.
Segundo o professor Dr. Edeildo Ferreira, bolsista de pós-doutorado PNPD do Instituto de Ciências Farmacêuticas da UFAL e coordenador da pesquisa, os estudos relacionados ao planejamento e desenvolvimento de compostos anti-Chikungunya ainda estão em andamento, mas já se pode destacar o GP-07 como um possível inibidor do mecanismo de entrada do vírus Chikungunya na célula.
“Neste momento, estamos direcionando nossos esforços na obtenção de derivados estruturalmente análogos ao GP-07 com maior atividade antiviral e menor citotoxicidade. Atualmente, testes in vitro estão sendo realizados e nós almejamos desenvolver potentes e seletivos antivirais com a capacidade de inibir a entrada do vírus em células do hospedeiro, uma vez que não há nenhum medicamento ou vacina aprovada para o tratamento dessa infecção viral, contribuindo assim para o surgimento de novas estratégias terapêuticas”, explicou o pesquisador.
O professor conta ainda que os resultados da pesquisa foram premiados no 5th International Electronic Conference on Medicinal Chemistry, evento realizado pela Universidade Mons (Bélgica) com mais de cem trabalhos de química medicinal envolvendo mais de 450 autores de várias partes do mundo. “Nós fomos o único grupo de pesquisa com um trabalho envolvendo Chikungunya e ganhamos na categoria de keynote speaker [destinada aos trabalhos de maior destaque no evento], dentre os 16 trabalhos de maior destaque que foram selecionados para concorrer a esta premiação”, comemorou o especialista.
Acesse o resumo do trabalho científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFAL.
Fonte: Jacqueline Freire, UFAL. Imagem: Divulgação, UFAL.
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