Notícia
Potencial novo tratamento para câncer cerebral
Em estudo com células de glioblastoma humano e amostras de tumor de pacientes, droga foi mais eficaz do que a atual quimioterapia convencional com temozolomida
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Fonte
Universidade Monash
Data
terça-feira, 18 agosto 2020 06:40
Áreas
Farmacologia. Neurociências. Oncologia.
Um estudo recente da Universidade Monash, na Austrália, descobriu uma nova droga que potencialmente pode levar a novos tratamentos para cânceres cerebrais comuns.
O estudo, publicado na revista científica Purinergic Signaling e liderado pela neurologista e pesquisadora Dra. Mastura Montif, do Departamento de Neurociência da Universidade Monash, demonstrou que uma proteína (P2X7R) conhecida por aumentar o crescimento do tumor pode ser inibida pelo uso de uma droga composta específica, atualmente conhecida apenas como AZ10606120.
Mais importante ainda, esta droga foi mais eficaz do que a atual quimioterapia convencional com temozolomida.
Usando células de glioblastoma humano e amostras de tumor de pacientes do The Alfred Hospital e do Royal Melbourne Hospital, na Austrália, as descobertas dão esperança de um tratamento eficaz para combater esse câncer agressivo.
Os gliomas são os cânceres mais comuns do cérebro, respondendo por 80% de todos os tumores cerebrais. Entre eles, o glioblastoma é a forma mais agressiva, matando cerca de 225.000 pessoas em todo o mundo por ano, com os pacientes sobrevivendo apenas por uma média de 14-15 meses após o diagnóstico.
As opções de tratamento atuais são limitadas à remoção cirúrgica, radioterapia e quimioterapia, e apenas prolongam a sobrevida por vários meses. Apesar dos avanços no tratamento, o prognóstico para pacientes com glioblastoma ainda não é bom.
Ao contrário de muitos outros cânceres, não houve melhorias significativas nas terapias para o glioblastoma nos últimos 12 anos. Há uma necessidade desesperada de desenvolver terapias mais eficazes.
“Isso é muito emocionante, pois traz a promessa do potencial deste composto AZ10606120 no tratamento de glioblastoma e esclarece mais sobre o papel da proteína P2X7R nesses tumores. Nossos esforços futuros envolverão testes em modelos animais, o que, esperançosamente, levará a um ensaio clínico em humanos”, destacou a Dra. Montif.
“Ver pacientes diagnosticados com essa doença letal e que muda vidas, a maioria deles jovens e com toda a vida pela frente, é a razão pela qual eu continuo a pesquisar o glioblastoma. Como clínico e pesquisador, sinto que precisamos fazer mais e agir com urgência para evitar que mais vidas sejam afetadas”, concluiu a pesquisadora.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).
Fonte: Universidade Monash. Imagem: Freepik.
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